segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Privilégios e Deveres

Dentre tantos privilégios que um cristão pode ter, o maior deles é poder escolher não olhar para sua vida e seus problemas. Repousar sim seus pensamentos na misericórdia e bondade de um Deus que vive, fez promessas e cumpre na vida daquele que assim crer. O arrependimento das transgressões passadas contra a Lei de Deus leva-nos a uma vida diferenciada dos demais. As expectativas são diferenciadas por nosso modo de viver, lança-se o olhar para o futuro, no que Deus pode fazer em nossa vida e cremos por intermédio da fé no amor de Cristo, que aceita
nosso pedido e perdoa todos os pecados.

Vivemos dias difíceis em nossa cidade e olhando mais atento, dentro de nossa casa. As trevas e o desânimo parecem que não ter mais fim e que em muitos momentos serão vencedoras. Precisamos eu e você conservar nossos olhares fitos no Deus eterno, continuar trabalhando, confiar Nele e “descansar nos braços do Pai”, como diz a letra de um belo Hino.
Podemos voltar a ter momentos de alegria e paz da mesma forma que tínhamos no passado, agarrando firmemente nas mãos de Cristo confiando que Ele irá dirigir a nossa vida, seja nos dias de trevas ou de luz. Nos momentos difíceis lancemos sobre Jesus o nosso pesado coração, não confiemos em nossos próprios méritos ou capacidade de resolver o mais simples problema da nossa vida, mas no precioso Sangue do nosso Senhor Jesus que é capaz de dar uma nova vida a todo aquele que nEle crer.

“Que os olhos da fé vejam Jesus diante do trono do Pai, apresentando Suas mãos feridas, enquanto intercede por vós. Crede que vos virá força, por intermédio de vosso precioso Salvador”... Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais sobre Cristo e o mundo celestial, acharíamos um poderoso estímulo e amparo em guerrear as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor, que tão logo será nosso lar. Diante da amabilidade de Cristo, todas as atrações terrenas parecerão de pouco valor. Que ninguém pense que sem fervoroso esforço de sua parte poderá obter a certeza do amor de Deus. Quando por tão longo tempo se permitiu à mente repousar somente em coisas terrenas, é difícil mudar os hábitos do pensamento. Aquilo que os olhos vêem e os ouvidos escutam, demasiadas vezes atrai a atenção e absorve o interesse. Mas se quisermos entrar na cidade de Deus e olhar para Jesus e Sua glória, precisamos acostumar-nos, aqui, a contemplá-Lo com os olhos da fé. As palavras e o caráter de Cristo devem ser, freqüentemente, o assunto de nossos pensamentos e de nossa conversação; e, cada dia, algum tempo deve ser consagrado especialmente a devota meditação nestes temas sagrados”. Livro Santificação- Pg 89-95.

A cada dia que passa mais perto estamos da volta de Jesus. A cada dia que passa mais precisamos nos apegar a Cristo, pois os obstáculos cada vez serão maiores e difíceis de serem vencidos. Que não desonremos nosso Senhor, entreguemos nossa vida a Cristo, clamemos por Ele para que a nossa santificação diária aconteça. Lembremo-nos sempre que Enquanto os filhos de Deus estiverem pisando voluntariamente um de seus mandamentos, a voz do Espírito Santo se Silencia e acontece a separação nossa de Deus, por nossa livre escolha. Deus apenas honra aquele que o honra.

Usemos estes dias difíceis para tirarmos lições para nossa vida, crescermos no conhecimento do nosso Deus, achegarmos mais perto Dele e exercermos o Cristianismo ao nosso próximo, através de nosso testemunho diário do Deus a quem servimos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lição 11 - Benefícios da Expiação (Comentário)

Pr. João Antonio AlvesProfessor de Teologia do IAENE

Verso para Memorizar: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25).

Pensamento-chave: Examinar a obra sacerdotal de Cristo no santuário celestial a fim de mostrar que é parte de Sua obra de salvação em nosso favor.

A compreensão dos ofícios de Cristo é essencial para compreensão da amplitude da obra que Ele realiza em favor dos arrependidos pecadores que por Ele se chegam a Deus. De acordo com a carta aos Hebreus, “todo sumo sacerdote... é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados” (Hb 5:1). Naturalmente, podemos perceber neste verso uma referência à obra sacrifical de Cristo. Na cruz, Jesus foi, ao mesmo tempo, sacerdote e vítima (ou oferta). Ele ofereceu a Si mesmo como sacrifício todo-suficiente pelo pecado do mundo. Era próprio do sacerdote apresentar sacrifícios pelo pecado. Em contraste notável com a obra dos sacerdotes levíticos, Hebreus destaca a superioridade do sacerdócio de Cristo. Enquanto aqueles ofereciam sacrifícios em base contínua, Jesus Se ofereceu uma única vez, um sacrifício perfeito, que não necessita ser repetido. Mas, de maneira semelhante à dos sacerdotes do passado, que se apresentavam diante de Deus, no santuário, levando o sangue da vítima, Jesus também Se apresentou diante do Pai, levando Seu próprio sangue. É com base neste sangue, que jorrou no Calvário, que Jesus realiza Sua obra intercessória no santuário celestial.
Não há conflito entre o Calvário e o santuário. Ao contrário, um é a continuação do outro. Sem o Calvário, Jesus, o sumo sacerdote, compareceria diante do Pai sem ter o que oferecer. Mas, em virtude do Calvário, Ele apresenta o dom de Si mesmo em favor dos pecadores. Ele é “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu” (Hb 8:2). Ele é o verdadeiro sacerdote, o sacerdote de fato, servindo no verdadeiro santuário: o celestial.
A importância do santuário é destacada nas seguintes palavras de Ellen White: “O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a todos os que vivem sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até ao final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente estes assuntos...” (O Grande Conflito, 488).
É exatamente esta a proposta da Lição desta semana: refletir na relação entre a obra sacerdotal de Jesus e o sacrifício do Calvário.

Ressurreição e Ascensão
É comum em teologia ouvir referência ao “evento Cristo”. Às vezes, algumas pessoas não entendem o significado dessa expressão. O que se pretende dizer é que a vida e a obra de Cristo não podem ser reduzidas a algum momento específico, como se esse tivesse precedência (ou preeminência) sobre os demais. Não! Todos são fundamentais para que a missão de Cristo seja coroada de êxito. Os verbos estão no presente, e não é sem razão. O que se pretende destacar é que a obra de Jesus continua no presente. A obra da salvação não é um fato isolado ocorrido no passado distante, quase 2000 anos atrás. Na perspectiva de Cristo como um “evento”, todos os atos de Sua vida, todos as batalhas que Ele travou, cada vitória por Ele conquistada, constituem momentos decisivos e fazem parte da contínua missão salvadora de Cristo em favor da humanidade. É nesta perspectiva que se encaixa o tema da ressurreição e ascensão de Jesus.
Por esta razão, o apóstolo Paulo arrazoa com os crentes de Corinto que “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15:17). Perceba o vínculo apresentado pelo apóstolo entre a “ressurreição” de Cristo e a “permanência nos pecados”. Em outras palavras, sem a ressurreição de Cristo não há perdão. É indispensável para a salvação. A obra sacrifical no Calvário deveria ser sucedida pela ressurreição. Como expressou Berkhof, “a ressurreição entra como elemento constitutivo da própria essência da obra de redenção e, portanto, do Evangelho. É uma das grandes pedras do alicerce da igreja de Deus. Se, afinal, a obra expiatória de Cristo devia ser eficaz, tinha que terminar, não na morte, mas na vida” (Teologia Sistemática, p. 350).
Por outro lado, segundo as Escrituras, Jesus não apenas Se levantou de entre os mortos. Ele também ascendeu ao Céu, onde Se tornou o mediador entre Deus e os homens. Para se obter uma visão mais plena de Jesus é necessário incluir o tema da ascensão e suas conseqüências. Não é demais insistir em que todos os aspectos da obra de Cristo são interdependentes. Assim, temos a encarnação, Seu ministério terreno, Sua paixão, morte na cruz, ressurreição e, agora, ascensão. É uma seqüência. As peças se encaixam e vão formando um quadro mais completo.
A ascensão de Jesus é descrita com um pouco mais de detalhes em Atos 1:2-11; com mais brevidade em Lucas 24:51 e Marcos 16:19; e há alusões em outras passagens do Novo Testamento. A ascensão de Jesus foi Sua exaltação após o cumprimento de Sua obra sobre a Terra (Fp 2:9). Foi a confirmação de Sua vitória (Ef 4:8) e Sua glorificação junto ao Pai (Jo 17:3).
A ressurreição e ascensão de Jesus não devem ser vistas apenas desde o ponto de visto teológico. Ambas têm implicações práticas para os cristãos. Significam que o Salvador está vivo. Não adoramos um Deus morto, mas um Deus que vive para sempre para interceder pelos pecadores (Hb 7:25). Se temos alguma dificuldade em nossa experiência cristã, Jesus está vivo. E esta Sua vida, exaltada, à destra do Pai, transmite esperança e confiança para Seus seguidores neste mundo. Esperança de um futuro como se queira imaginar e confiança de que Ele realizará muito mais do que conseguirmos sonhar.

Intercessão de Cristo e expiação
A morte de Cristo na cruz pode ser propriamente descrita como uma “expiação completa”. Nada lhe falta. Sua morte satisfaz plenamente as demandas da justiça divina. (F. Holbrook, O Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo, p. 57). Aceitando-se esta afirmação, a pergunta natural é: qual é a necessidade da intercessão de Jesus, ou de um ministério sacerdotal, se a morte de Cristo foi uma expiação completa? Não seria uma contradição?
Na verdade, não! Não se nega, nem se contradiz: a cruz é a base. Mas todas as fases estão interligadas indissoluvelmente. Uma não pode ser desconectada da outra, pois corre-se o perigo de anular os benefícios oriundos de todas elas. Cada qual tem sua importância isolada, mas é no conjunto que elas se complementam e proporcionam ao homem todos os benefícios possíveis.
A morte de Cristo foi o ato de Deus para reconciliar consigo o mundo. O homem não teve parte nesta obra. Entretanto, esta morte não salva automaticamente o pecador. Somente aquele que se apropria, pela fé, dos méritos desse sacrifício, recebe os benefícios dessa morte sacrifical. Seguindo a tipologia do santuário terrestre, depois que a vítima era sacrificada, o sacerdote tomava o sangue e deste, uma parte era colocada nas pontas do altar de holocausto; o restante era derramado na base do mesmo altar. Esse rito de manipulação do sangue tinha um propósito bem definido por Deus: “O sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do seu pecado que cometeu, e lhe será perdoado” (Lv 4:35).
A lição é clara: a obra do sacerdote é inseparável do sacrifício. Não existe sacrifício sem a mediação sacerdotal. Não existe mediação sacerdotal sem sacrifício. Há uma relação de interdependência entre ambas as atividades que não pode ser ignorada. O mesmo se pode dizer da obra de Cristo na cruz e Seu ministério sumo sacerdotal. É importante relembrar, entretanto, como afirmou Holbrook (p. 58), que “a mediação que Cristo faz de Seus méritos não é uma repetição da obra que consumou na cruz, mas uma aplicação de seus benefícios, um requisito absolutamente necessário para que o pecador arrependido seja reconciliado com Deus.” Este argumento é corroborado por Leon Morris, ao sustentar que “esta reconciliação não tem efeito na vida de nenhum pecador até que ele a receba, até que ele mesmo se reconcilie com Deus. O fato de Cristo ter efetuado a reconciliação significa que o caminho foi inteiramente aberto. ‘Quem quiser, venha.’ Mas, se alguém deseja estar ali, é preciso que vá. Cristo abriu o caminho. Que entrem” (The Atonement – Its Meaning and Significance, p. 145. Citado por Holbrook, 62).

Intercessão de Cristo no Santuário Celestial
“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os Céus, conservemos firmes a nossa confissão” (Hb 4:14).
“Onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-Se tornado sumo sacerdote para sempre” (Hb 6:20).
“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos,... para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hb 9:24).
“Este, no entanto, porque continua para sempre, tem o Seu sacerdócio imutável. Por isso também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:24, 25).
As afirmações são poderosas. Temos um “grande sumo sacerdote”, “sumo sacerdote para sempre”, de um verdadeiro santuário, onde comparece, “agora, por nós, diante de Deus”, “vivendo sempre para interceder” por todos os que dEle se aproximam em total confiança e fé. Jesus é nosso advogado. Temos um representante. Alguém que conhece nossas fragilidades e nos representa na corte celestial. O crente nada tem a temer, pois seu defensor celestial é competente para a Sua obra. Estamos mais que bem servidos.
Enquanto o sacrifício de Jesus pelo pecado foi “de uma vez por todas”, “uma vez para sempre” (Hb 7:27; 9:28; 10:11-14), Seu ministério no santuário celestial torna disponível a todos os benefícios de Seu sacrifício expiatório. As Escrituras, assim, destacam que o ministério de Cristo no Céu é tão essencial para a salvação dos pecadores como Sua morte sobre a cruz.
Ellen White assim se refere à relação entre a morte de Jesus e Sua obra intercessória: “A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós.” (O Grande Conflito, p. 489).
Quando o israelita do passado necessitava de perdão para os seus pecados, a instrução era comparecer ao santuário. Este era um comparecimento literal. Aqueles que, por algum motivo, eram impedidos de comparecer imediatamente, eram cobertos pelos sacrifícios diários, da manhã e da tarde. De toda maneira, a solução para o problema causado pelo pecado estava no santuário. Não havia outro lugar para ir. Na dispensação cristã também não há outro lugar a que se dirigir. Devemos comparecer ao santuário. Apenas não mais é um comparecimento literal em um santuário literal na Terra. O comparecimento é espiritual, pela fé. O santuário é celestial. Mas a realidade é a mesma como no passado. Os pecadores são aceitos em virtude do sacrifício oferecido e a mediação do sacerdote, neste caso, o sacrifício da cruz e o sumo sacerdote Jesus.
Este é um quadro sumamente importante para o cristão. Traz conforto, tranqüilidade, paz, certeza de que somos perdoados e aceitos por Deus. Não em virtude de meus atos, por melhores que sejam, mas pela fé na contínua obra de salvação iniciada por Cristo em Sua encarnação, Sua vida sem pecado, no sacrifício do Calvário, continuada em Sua ressurreição, ascensão, entronização e ministério sacerdotal. Que segurança para o crente!
Se sua vida não é hoje como você gostaria que fosse, não precisa se desesperar. Jesus está a sua disposição, agora mesmo, para interceder por você, para lhe dar o perdão pelos seus pecados (justificação), para lhe conceder o poder para vencer o pecado (santificação) e dar-lhe a garantia da vitória final (glorificação). Todas as coisas são possíveis. Mas somente são possíveis em Cristo. Sem Ele, nada podemos fazer. Com Ele, todas as coisas são possíveis.

A intercessão de Cristo e a Obra do Espírito Santo
“Convém-vos que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-lo enviarei” (Jo 16:7). A equação é simples: Jesus vai; o Espírito Santo vem. Sem a ida dEle não há a vinda do outro. Há uma espécie de distribuição de funções na Trindade, em que os papéis são desempenhados no momento oportuno da história da salvação, para produzir o maior benefício possível para a humanidade. Nada é feito de maneira egoísta, mas sim desprendida, objetivando trazer ao homem todos os recursos da graça divina e, assim, alcançar os pecadores com a certeza da salvação em Jesus.
Cristo e o Espírito Santo trabalham em harmonia. Enquanto o primeiro realiza Sua obra intercessória no santuário celestial, o segundo Se empenha em convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:8). Mas o que é pecado? De acordo com o verso 9, pecado é não crer em Jesus. Assim, segundo a definição joanina, o Espírito Santo atua para que tudo o que está envolvido na missão divina de salvar o homem alcance o maior êxito possível. Sem a atuação do Espírito, o homem não seria convencido de seu pecado e, conseqüentemente, não sentiria a necessidade do Salvador Jesus, e não se voltaria para Ele em busca de perdão, não O buscaria em Seu santuário enquanto realiza Sua obra intercessória. O resultado final de todo este raciocínio é, tragicamente, a anulação do sacrifício vicário de Jesus. Como já enfatizado anteriormente, todas as etapas estão intrinsecamente ligadas. Uma conduz à outra. Sem a seguinte, a anterior fica comprometida. Daí a importância de atentar para a obra realizada pelo Espírito.
Tendo em mente o exposto, pode-se perguntar quem se beneficia com algumas idéias que pululam por aí, que rebaixam o Espírito Santo de Seu lugar na economia divina, tornando-O alguma coisa, ou força, ou energia, ou seja lá o que o indivíduo resolver. Certamente, não beneficia ao pecador, que depende da operação do Espírito Santo para ser convencido de seu pecado e assim voltar-se em fé para o Salvador, seu intercessor no santuário celestial.

Conclusão
Jesus ressuscitou, ascendeu ao Céu, foi entronizado à destra do Pai, exerce Seu ministério sumo-sacerdotal no santuário celestial em favor da humanidade, de onde disponibiliza os méritos de Seu sacrifício expiatório em favor de todos aqueles que se aproximam do Pai pela fé. É por isto que Ele envia o Espírito Santo, convence o mundo do pecado, leva os homens a aceitar Jesus como Salvador, conduz Seus seguidores a toda a verdade, etc.
Todo o Céu está a sua disposição, para que você seja vitorioso. Não despreze os recursos celestiais. Somente com eles você pode obter a vitória. Você pode. Basta querer e aceitar que Deus realize em sua vida os melhores planos que Ele mesmo elaborou para você. Está em suas mãos. Faça a escolha certa!

Lição 10 - Expiação na Cruz


Texto Chave: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”. Col 1:13, 14
Objetivos
Conhecer que não mais estamos sob o domínio de Satanás, mas nos braços de Cristo.
Sentir a agonia que Cristo sentiu quando Se separou do Pai.
Entender que Cristo derrotou a Satanás.

Verdade Central: Através de Sua morte na cruz Jesus reconciliou consigo o homem.

Angústia: Caminhando para o Getsêmani
Baseado em Mc 14:33, 34 como você imagina que foi para Jesus aquelas horas no Getsêmani? Quem deveria passar por tudo isso?
“Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14:33; “Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14:34); “subjugado pela tristeza” (Mt 26:38); descrevem ansiedade, angústia, estado completo de horror que começou a ser sentido quando Cristo entrou no Jardim.
Você acha que foi por medo do que sabia que os homens fariam com Ele, ou por causa dos nossos pecados que começavam a lhe oprimir a alma?
Como você reagiria se precisasse entrar no Jardim e sofrer o seu próprio destino?

O cálice: Submissão Voluntária
Quando foi a última vez que você se permitiu conscientemente suportar grande sofrimento, em favor de Cristo ou de outra pessoa e sem proveito pessoal para si mesmo?
O cálice é usado na Bíblia para se referir às bênçãos recebidas do Senhor (Sl 16:5, 23:5) ou a salvação que Ele nos oferece (Sl 116:13). Mas com freqüência, se refere ao juízo de Deus contra o pecado e os pecadores (Sl 75:8). Esse cálice continha o vinho de Sua ira conta Seus inimigos, Sua ira judicial (Jr 25:15,16). Foi esse cálice que Jesus pediu ao Pai que passasse dEle (Mt 26:39; Mc 14:36)
O que poderia ser considerado um cálice de amargura na sua vida hoje? O quanto tem você lutado para não precisar bebê-lo?
Quando chegou o momento de maior luta e Jesus poderia escapar de toda dor e sofrimento com a ajuda de seus discípulos Ele disse: “Não beberei porventura o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18:10).

Trevas: Entregue ao inimigo
Alguma vez você já se sentiu sozinho ao lutar contra a tentação? Já se sentiu fraco demais para atravessar um período de tribulações? Já se sentiu desamparado por Deus e entregue às forças do mal?
Quando olhamos para Jesus no Getsêmani, e o acompanhamos nos acontecimentos que se seguiram até o Calvário, percebemos que Sua luta contra os poderes satânicos alcançou dimensões indescritíveis.
Abandonado por seus discípulos, negado por Pedro, traído por Judas, injustiçado pelo mesmo povo que curou e alimentou, rejeitado pelos sacerdotes e líderes religiosos e tendo esperanças unicamente em Deus Pai... e Deus o entregou para morrer a morte “por causa das nossas transgressões” (Rm 4:25). Ele estava sendo “entregue nas mãos dos pecadores” (Mt 26:45).
Essa era a hora “quando as trevas reinam” (Lc 22:53, NVI), quando “a luz de Deus estava retrocedendo de Sua vista, e Ele estava passando às mãos dos poderes das trevas” (E.G.W, Bible Echo and Signs of the Times, 1º. de Agosto de 1892) em que Ele iria experimentar total separação do amor do Pai.
Mas graças a Deus que nós não temos que pagar tal preço... “Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8:37-39).

O Grito: Explorando o ministério
Como você entende o grito de Jesus: “Deus Meu, Deus Meu, porque Me desamparaste?”
“Foi necessário que a densa escuridão caísse sobre Ele por causa da retirada do amor e do favor do Pai; pois Ele estava Se colocando no lugar do pecador. ... O justo devia sofrer a condenação e a ira de Deus, não por vingança; pois o coração de Deus se condoía com profunda tristeza enquanto Seu Filho, o inocente, sofria a penalidade do pecado. Essa ruptura dos poderes divinos nunca mais acontecerá ao longo da eternidade” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Comentary, v. 7, p. 924).
Mediante o sacrifício de Cristo a Divindade aceitou a responsabilidade pelos pecados do mundo e, mais ainda, sofreu as conseqüências desses pecados. A plena intensidade da morte eterna da raça caída, pela separação da Trindade com a exclusão do Filho. Um preço alto de mais que nunca mais acontecerá novamente!

Esta consumado: Da morte para vida
O que Jesus quis dizer ao exclamar “está consumado”? O que estava consumado?
Está consumado, está completado, está feito. Tudo o que era necessário fazer para salvar o homem está feito; agora posso morrer em paz!
O plano da salvação, mantido em segredo por muito tempo, agora estava completamente revelado ao Universo na morte obediente do Filho de Deus na cruz. Deus fornecera o sacrifício e, agora, Seu poder reconciliador estava disponível a cada ser humano que olhasse para a cruz como o meio exclusivo de salvação. Conseqüentemente, o sistema sacrifical do Antigo Testamento havia acabado (Mt 27:51; Mc 15:38).
Essa vitória foi revelada e selada por Sua ressurreição, quando as forças do mal se viram impossibilitadas de reter o Filho de Deus dentro do túmulo. Naquela gloriosa manhã de domingo, as palavras de Jesus se cumpriram: “Tenho autoridade para a entregar (minha vida) e também para reavê-la. Este mandato recebi de Meu Pai” (Jo10:18).

Conclusão
1 - A Trindade celestial Se reuniu e traçou um plano para nossa salvação. Descrevemos isso usando a palavra Expiação.
2 - Na cruz, Jesus experimentou a plenitude da separação eterna entre o pecador e Deus. O próprio Deus estava em Cristo pagando a penalidade do pecado, expiando os nossos pecados.
3 - “O homem não foi feito portador de pecados e jamais conhecerá o horror da maldição do pecado que o Salvador suportou. Nenhuma tristeza pode se comparar com a daquele sobre quem recaiu a ira de Deus com força irresistível. A natureza humana não pode suportar a medida limitada de provas e tentação. ...
4 - “O que é finito só pode suportar a medida finita, e então, a natureza humana sucumbe; mas a natureza de Cristo tinha uma capacidade maior de sofrimento; pois o humano existia na divina natureza, e criou uma capacidade de sofrimento a fim de suportar aquilo que resultasse dos pecados de um mundo perdido. ...
5 - “A agonia que Cristo suportou amplia, aprofunda e dá uma concepção mais extensa do caráter do pecado e da retribuição que Deus trará sobre os que continuam em pecado. O salário do pecado e a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo para o pecador arrependido e crente” (Comentário de Ellen G. White, SDA Bible Comentary, v.5, p. 1.103).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Prontidão e Zelo !


Entro na Internet já pela manhã e leio esta reportagem abaixo, não tem como deixar tirar uma lição para minha vida, acompanhe abaixo parte desta reportagem:


Quarta, 3 de dezembro de 2008, 21h13 Atualizada às 22h18 Sem espaço, SC suspende recebimento de doaçõesO governo de Santa Catarina informou que as arrecadações de alimentos e roupas foram suspensas momentaneamente porque as doações recebidas superaram a capacidade de armazenamento disponível. Para facilitar ... "Neste momento as centrais estão cheias e não há espaço físico para receber mais suprimentos... Para o secretário da Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso, a solidariedade dos brasileiros superou todas as expectativas... "Santa Catarina agradece as milhões de demonstrações de apoio de cidadãos brasileiros e empresas que se mobilizam para ajudar a reconstruir a vida das vítimas do desastre. As demonstrações de solidariedade fortalecem o trabalho de todas as equipes envolvidas e somam-se aos esforços dos governos para garantir o retorno da normalidade", afirmou. Fonte: Redação Terra.

A prontidão e o zelo que o povo de todo Brasil e o Mundo tiveram em enviar mantimentos, me impressionou pois vivemos um momento neste mundo que o próximo não tem muito valor, todos correm para ganhar o pão de cada dia e o relacionamento de amor e amizade quase já não existe mais. Estamos passando por momentos difíceis na história de Santa Catarina, momentos nunca antes vivido em tão grandes proporções de desgraça e tristeza. Emociono-me e me alegro em saber e ver que muitos ainda conservam o amor dentro de seus corações e tiram tempo para repartir.

Lembrei do texto de êxodo 36:5-7 - 5 "E falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse. 6 Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais, 7 Porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava".

Tenho que ressaltar que no texto acima, Moisés foi fiel com Deus e com o povo em desistir de receber doações pois o que tinham por momento já era suficiente para o propósito que tinham pela frente. Assim acontece com o povo Catarinense, "suspendam momentaneamente as doações... Neste momento as centrais estão cheias e não há espaço físico para receber mais suprimentos" são as palavras do Secretário da justiça e e Cidadania, Justiniano Pedroso. Ato digno de ser imitado. Quando temos a representação do amor de Deus, nossos atos se assemelham a sua bondade, somos compelidos a auxiliar nosso próximo e em todos nossos atos, acontece algo extraordinário, o amor de Deus é refletido em nossa vida. Ganancia e indiferença não fazem mais parte do nosso cotidiano.

Reconciliação - Muitos se perdoaram, abraçaram, se ajudaram, esqueceram as diferenças e até abrigaram em suas casas não atingidas, pessoas que jamais disseram um bom dia. Tudo se tornou diferente, se animaram e disseram: Vamos ajudar para que todos possam ter um novo recomeço.É tempo de analisarmos nossa vida, como temos procedido diante das barreiras impostas por Satanás que leva o ser humano a matar, roubar, assassinar, mentir, cobiçar, esquecer a família e chegar ao ponto de abandoná-los, muitos não dizem mais, boa tarde, boa noite, como você esta hoje? e assim vai ... O amor de Deus ainda esta disponível para cada um que assim o quiser. O amor de Deus esta reapresentado, provado e visível em cada ato das pessoas envolvidas neste momento de calamidade.
Que amor é este? de onde surge pois quase, quase todos já estão sem amor? São resquícios de um amor colocado por Deus no coração de cada ser humano, desde a criação.
Hoje este povo novamente volta a aprender a colocar em prática o amor verdadeiro de Deus, sem interesse, o amor incondicional. Ama seu próximo nos momentos difíceis, que pena que precisa acontecer algo tão drástico para voltarmos a ser como Deus nos criou.

O Verbo descrito em João 1, Jesus, demonstrando mais uma vez que por enquanto Ele, o amor, ainda esta habitando no meio de nós.
Falta muito pouco para toda essa tristeza acabar, Apocalipse 21:3-4 - 3 “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. 4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.

Jesus esta muito perto de Voltar, estejamos preparados para esse lindo encontro, que mente alguma pode imaginar como será. Deus limpara dos nossos olhos toda lágrima para sempre e Deus estará conosco e Ele será o nosso Deus.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sabedoria

Provérbios 2:6 –“Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento”.
Todos podem ser sábios. Nada mais importante para os dias difíceis em que vivemos e que teremos pela frente do que ser sábio, a sabedoria é o conhecimento com capacidade para fazer algo.
Muitos tem conhecimento em abundancia e mesmo assim possuem pouca sabedoria. Quando falo ou penso em sabedoria, logo me vem à mente um personagem Bíblico, e você, qual personagem vem em sua mente? O personagem que sempre me vem à mente é Salomão, que ao ser escolhido para ser rei do povo de Israel, pediu algo muito importante para Deus. Esse pedido esta relatado na Bíblia, em II Crônicas 1:10 – “Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderia julgar a este tão grande povo?”.
Nesse pedido feito a Deus, aparece algo que serve como exemplo e lição para nós hoje, Deus sempre vai conceder aquilo que esta de acordo com a sua vontade e que é o melhor para nós. Observe que o pedido de Salomão era algo muito útil que ele iria usar para guiar o povo escolhido por Deus. Seu pedido nada tinha haver com o seu próprio eu.
Deus da à resposta ao pedido de Salomão, esta relatado na Santa Bíblia Sagrada no livro de I Reis 3:10-13 – “E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso. E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo; Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias”. De onde vem a sabedoria deste mundo? Qual é o princípio da Sabedoria que tantos correm atrás e poucos conseguem? Olha só o que o Pai de Salomão, Davi, escreveu em Salmo 111:10 “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre”. E Salmo 119:99 – “Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação”. A Sabedoria tem tanto valor que o próprio Salomão escreveu no livro de Provérbios no capítulo 3:15 – “Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela”. Gostaria de deixar com você a receita para obter a sabedoria, a própria Bíblia ira responder através do livro de Tiago 1:5 – “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”.
Pedir a Deus é a forma de obtermos a sabedoria. Ela faz algo muito lindo em cada filho de Deus, faz o homem brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto muda, conforme o próprio Salomão diz em seu livro de Eclesiastes 8:1 – “QUEM é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda”. A Bíblia fala de dois tipos de sabedoria, a sabedoria do mundo e a sabedoria que provem de Deus, vejamos então: - Sabedoria do Mundo – Esta relatado no livro de Corintios 3:19 “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.” - Sabedoria que provém de Deus – esta registrado no livro de Tiago 3:17 “Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”. Sabe, tem muita coisa nessa vida que me traz preocupação, mas o que mais me preocupa é que muitos estão fazendo a escolha errada ficando com a sabedoria dos homens e esquecendo a sabedoria que vem de Deus. E quando acontece isso a maneira de se portar diante das situações são alteradas, passam a ser críticos e até chegam ao ponto de se afastar de Deus, deixando de ir em sua casa por que vêem algo de errado e se decepcionam.
Falta sabedoria vinda do céu para entender que o joio cresce junto com o trigo e infelizmente, pouco a pouco não sentem mais a necessidade da presença do Deus em sua vida. Muitos têm sido enganadores de si mesmos, rejeitando o princípio da sabedoria, vão à igreja, participam dos cultos e nada disso é real em suas vidas. Não nos esqueçamos que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. Busquemos todas as manhãs ao se levantar, conversemos com Deus e Ele nos concederá a verdadeira Sabedoria para o restante do dia.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

100 %



Muitas vezes já me peguei pensando de como será o céu e o que me espera quando Jesus voltar nas nuvens com poder e grande glória. Tento imaginar tudo que gosto e espero encontrar no céu, que me faça entender esse grande e infinito amor que Deus sente por cada um de nós. A minha filha menor de oito anos sempre que conversamos sobre este assunto ela me diz que no céu ela quer brincar com a girafa já a outra de doze anos diz que quer brincar com os tigres, que são lindos... E assim viajamos em nossa imaginação.
Fui ao Bíblia Sagrada, pois sempre que preciso de respostas recorro a Ela. O meu Deus que criou a sabedoria me informa de tudo que preciso saber. Leio pausadamente o texto de João 14:1-3 que me diz -1 "NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também".
Fico maravilhado por que tenho um Deus que não me deixa as escuras da vida, com dúvidas ou sofrendo por ansiedade. É simplesmente maravilhoso, por que Jesus me oferece algo muito mais lindo do que nós pensamos ou tentamos imaginar.
E começo a conversar com meu Deus: Senhor... Quero saber mais sobre este céu e esta nova terra! ... E assim a nossa conversa se prolonga. Deus sabia que um dia eu nasceria e teria essa curiosidade, e como Deus é interessadíssimo em mim, me responde através do Profeta João.
Então começo a ler e meditar na carta que Deus me escreveu, a Santa bíblia Sagrada, usando o Profeta João, que foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever.
Apocalipse 21:9-27, diz: 9 veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. 10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. 11 E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. 12 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. 13 Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas. 14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 15 E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. 16 E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. 17 E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo. 18 E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. 19 E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; 20 O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista. 21 E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente. 22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. 23 E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. 24 E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. 25 E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. 26 E a ela trarão a glória e honra das nações. 27 E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

Que linda cidade! Fico maravilhado e não paro de pensar nela.

Que Deus preocupado comigo, que Amor é esse? Quem tem tanto a me oferecer? o mais formidável de tudo isso que li acima, é que Deus estará presente ao meu lado nesta linda cidade, já pensou que privilégio meu? Estar com Deus pessoalmente? Sabe... A volta de Jesus esta muito perto de acontecer, tudo que estamos passando e temos aqui nesta terra se aproxima do seu fim. Como diz o livro Evangelismo na página 219: “O senhor vem. Ouvimos os passos de um Deus que se aproxima...” Precisamos urgentemente avisar, preparar o caminho para este Deus maravilhoso voltar o mais breve possível e mediante o desempenho de cada um de nós, levar a todos o que Deus tem preparado. Explicar que é possível todos ter acesso a este céu e a esta nova terra, que existe um único meio para herdar tudo isso. Aceitemos este meio, este plano de salvação, o sacrifício de Cristo na cruz do calvário para perdão dos nossos pecados. Isso me faz refletir, como tenho deixado Deus dirigir a minha vida? Como tenho aceitado este convite para morar eternamente com Deus? Preciso entender que os planos de Deus para minha vida são os melhores que existem e que urgentemente devo deixar Deus guiar a minha vida, em 100%.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eleição – Oficiais/2009.

Deus me escolheu... E agora?
Meu querido irmão ou irmã, todos nós um dia fomos escolhidos por Deus e a partir deste encontro que tivemos fomos convidados a ter o privilégio de poder participar deste grande ministério da pregação do evangelho descrito em Mateus 28:19-20 “Portanto IDE, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.

Olha que privilégio:

Primeiro: Deus ama muito você e quer te incluir neste ministério liderado por Ele, aproveite e saiba que Deus já preparou o caminho para você trilhar, um caminho de vitórias e alegrias infindáveis. Ele te capacitará se assim você o permitir, o Espírito Santo estará em todos os momentos te orientando e dizendo: Este é o caminho, andai por ele.

Segundo: Sabe o que mais me encanta nesse chamado? É que somos muitos... Tantos que não conseguimos imaginar, como areia no mar, tão pequeninos como os próprios grãozinhos, e em meio a tantos Deus nos escolhe, receba este chamado como um privilégio que poucos tem.

Terceiro: Você é livre. Ele nos conhece e nos ama, ama tanto que deixa pra eu e você escolher (livre arbítrio) dizer não ou aceitar esse lindo convite de amor. Deus sabe que eu e você precisamos de um cuidado especial, de uma remodelação de nossa vida, uma burilação no nosso caráter, então, ele nos escolhe para que eu e você nos mantenhamos ocupados com as coisas Celestiais e assim deixemos de lado tudo que não é bom para nós e nos afastam de Deus.

Quarto: Lembre-se, você é especial, você foi escolhido, Deus tem um plano para tua vida, você é um bem aventurado. Deixe Ele te guiar e lembre-se: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e Ele considera todas as suas veredas”. Prov. 5:21.
Estamos nos braços de Jesus, que venha 2009.

Lição 10 - Expiação na Cruz


Pr. João Antonio AlvesProfessor de Teologia do IAENE

Verso para Memorizar: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:13, 14).

Pensamento-chave: Descrever a experiência de Jesus no Getsêmani e na cruz a fim de entender melhor o significado de Sua morte para nos reconciliar com Deus.

Responsabilidade versus irresponsabilidade. Desde o princípio é este o conflito. O homem, adulto, que se julga dono de seu próprio destino, que se arroga o direito de fazer e acontecer, aparentemente sem temer nada nem ninguém, não assume sua responsabilidade pelas conseqüências de seus atos. Quando apanhado em suas faltas, como uma criança fazendo o que não deve, procura justificativas para suas atitudes. Infelizmente, o melhor que ele pode fazer é apontar o dedo para outro lado, desviando a atenção de si mesmo, e procurando culpar outro(s) por algo decorrente de sua decisão pessoal. São atitudes impensadas, irrefletidas, com resultados inevitáveis, mas a coragem se esvai no momento de assumir a responsabilidade. Foi assim desde o princípio. O homem tornou-se irresponsável. Alguém deve assumir a culpa em seu lugar. No plano da salvação não há lugar para os irresponsáveis. Mas como pode o homem ser salvo se ele é culpado? A maravilha da expiação é que Deus não desculpa o pecado do homem como se nada houvesse acontecido. O próprio Deus assume a culpa em Jesus Cristo. É mediante o sacrifício do Calvário que Deus pode ser justo e justificar o homem pecador.

Dom angústia: Caminhando para o Getsêmani“Foi Jesus a um lugar chamado Getsêmani... e começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Então... disse: A Minha alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26:36-38).

“Começou a sentir-Se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14:33).

Os versos acima descrevem vividamente o estado de ânimo de Jesus naquela hora de suprema tribulação. Como a Lição explora o significado das passagens referidas, recomendo seu estudo. Aqui pretendemos expor algumas idéias adicionais presentes no capítulo “Getsêmani”, em O Desejado de Todas as Nações, e outras considerações.

As expressões bíblicas são extremamente fortes. Da mesma forma, Ellen White utiliza alguns termos que descrevem quão terrível foi aquele momento para Jesus. Chamamos a atenção para a descrição da tristeza de Jesus, uma tristeza tão profunda que lançava sobre o Salvador a sombra da morte. Igualmente, Jesus foi invadido por uma angústia indescritível, e ficou tomado de pavor. Essas expressões nos apresentam um Jesus completamente humano, que sofre as emoções típicas dos seres humanos quando confrontados por situações-limite, ou seja, que são levados ao ponto extremo de sua resistência emocional.

Ellen White diz que Jesus “gemia alto, como sob a opressão de terrível fardo” (p. 659) e que Seu espírito tremeu diante do abismo do pecado (Ibid). Além disso, ela emprega expressões como “suprema angústia de Sua alma” (p. 660), “uma dor que estava além da compreensão” (p. 661), “semblante mudado pela angústia” (p. 662), “Sua grande agonia” (Ibid.), “tomado de sobre-humana aflição” (Ibid.), “Sua angústia mental, não a podiam compreender” (p. 663) e, talvez surpreendente para alguns, ela menciona o “desânimo” e a “depressão” do Salvador.

Teologicamente, pode-se falar do peso dos pecados do mundo, todos os fardos da humanidade sobre Seus ombros, etc. Mas não se pode passar por alto o aspecto do sofrimento mental extremo suportado por Jesus em Sua humanidade. Isto torna Seu sacrifício por nós ainda mais maravilhoso. Sofreu em um grau de intensidade como nenhum outro ser humano foi chamado a sofrer. Ele, que ansiava por simpatia de Seus discípulos naquela hora escura, também sabe quando nosso coração anseia por um amigo que nos assista em nossas horas difíceis. Por isso, Ele entende quando Seus filhos clamam por socorro, quando estão a ponto de desistir, quando estão pedindo ao Pai para passar o cálice. Deus sabe a extensão e a profundidade de nossas dores. Ele ouve as orações que brotam de lábios sofredores. Vê cada lágrima derramada. Desce para enxugar suas lágrimas.

Nestes dias em que tantos são acometidos por sentimentos tão profundos e dolorosos como os experimentados por Jesus, é maravilhoso saber que temos um Salvador que conhece pessoalmente o que significa sofrer a angústia do abandono, do desamparo, da agonia de alma, do desânimo e da depressão. Essa condição pode se repetir entre cristãos fiéis e, a diferença do que afirmam alguns, não revela falta de fé. As pessoas que passam por tais situações precisam de carinho, compreensão, apoio, ajuda, para superar seus obstáculos e, pela graça de Deus, desfrutar plenamente a vida que Deus lhes deu.

O Cálice: Submissão Voluntária“Passa o cálice adiante. Passa para outro!” Mas... para quem? Não há outro. Somente Jesus podia beber o cálice. Somente Ele estava capacitado para a missão. Ele era o Deus-homem, investido com todos os atributos necessários para conduzir com segurança o plano traçado na eternidade para a redenção do homem.

O cálice que Jesus pedia ao Pai que o afastasse de Seu caminho era o da agonia final. Toda a Sua vida tinha sido de contínuo confronto com Satanás e seus aliados. Estava chegando a hora do último round. Como o expressou Ellen White, “o tremendo momento chegara – aquele momento que decidiria o destino do mundo” e que, diante de tal perspectiva, “a humanidade do Filho de Deus tremia naquela probante hora”. Três vezes Jesus orou, pedindo ao Pai que passasse adiante o cálice porque “três vezes recuou Sua humanidade do derradeiro, supremo sacrifício” (O Desejado de Todas as Nações, p. 663).

Sim, o peso era demasiado, mesmo para o Filho de Deus. Afinal, sobre Ele estavam os pecados de todo o mundo. Mas, apesar de Sua humanidade recuar diante de tamanho sacrifício, Ele não Se deixou vencer pelo medo, pelo terror produzido pela perspectiva da separação entre Ele o Pai, como conseqüência de ser Ele o portador dos pecados. Suas palavras finais revelam Sua total submissão ao plano da redenção e total dedicação à missão de salvar os pecadores: “Não se faça a Minha, e sim a Tua vontade”. Se esta era a vontade do Pai, se este era o caminho único para o cumprimento do plano, então, Ele beberia o cálice. Voluntariamente, sofreria a punição em nosso lugar, para que pudéssemos experimentar a vida que pertence a Ele.

Jesus seguiu adiante com o plano. Não desistiu. Ainda que soubesse o resultado, seguiu adiante. Eram-Lhe mais importantes os resultados relacionados com a salvação de cada um de Seus filhos.

Trevas: Entregue ao Inimigo - Cristo é a luz do mundo. Entrou no reino das trevas, para nos resgatar das trevas para Sua maravilhosa luz. Onde há luz não pode haver trevas. As trevas não subsistem na presença da luz. Entretanto, a experiência de Jesus foi muito real, no sentido de sofrer intensamente a terrível experiência de viver em um mundo dominado pelas trevas.

Sua trajetória em meio às trevas foi progressiva: desceu de Seu lar de luz para um mundo de trevas; daí para o Getsêmani, a hora mais escura para a humanidade; na cruz, trevas literais cobriram a terra; finalmente, foi levado para a sepultura, o reino das trevas e das sombras. Mas não ficaria ali. Sendo o Príncipe da luz, Ele ressurgiu. Ressuscitou das trevas para, por Sua vitória, nos resgatar do domínio dessas mesmas trevas. Naturalmente, trata-se da metáfora para a salvação que Ele concede a todos quantos aceitam seguir Sua luz. “Quem Me segue não andará em trevas” (João).

Nosso caminho será sempre iluminado, se permitirmos que Jesus brilhe sobre nós.

O Grito: Explorando o Mistério - “Deus Meu! Deus Meu! Por que Me desamparaste?”

A profundidade da separação. Naquele momento, Jesus experimentou toda a separação que o pecado pode provocar. Como expressou o profeta Isaías, os pecados da humanidade produzem separação entre o pecador e Deus. Jesus experimentou esta separação, a separação eterna do Pai. Sentiu o peso e toda a terrível conseqüência de levar os pecados do mundo. É freqüente os críticos questionarem o ensino do ministério de Cristo no lugar santo do santuário celestial, afirmando que isso significaria uma separação do Pai, que estaria no Santíssimo, separação impensável no âmbito da Divindade. Embora não ensinemos absolutamente nada que sequer insinue a existência de tal separação, os críticos deixam de considerar que a verdadeira separação ocorreu na cruz. Uma separação voluntária. Jesus sabia quais eram as conseqüências, e ainda assim esteve disposto a pagar o preço. Por isso houve o clamor na cruz: “Por que Me desamparaste?” Este é o clamor que brotou do profundo do ser de Cristo, sentindo o peso dos pecados do mundo, o desamparo, o desagrado do Pai por ser Ele o portador dos pecados. Para o ser humano pecador é difícil, senão impossível, entender quão terrível é o pecado à vista de um Deus santo. “Tu és tão puro de olhos que não podes ver o mal...” (Hc 1:13).

O que os textos bíblicos ensinam é que a obra da redenção produziu o inimaginável, isto é, a inquebrantável comunhão entre o Pai e o Filho foi misteriosamente rompida. Embora o sentimento de abandono esteja presente no texto, existe um aspecto que merece ser destacado. O clamor de Jesus foi assim expresso: “Meu Deus!”. Ainda que Jesus tenha expressado o sentimento de abandono, Ele reteve Sua confiança. Além da confiança no Pai, também é possível perceber Sua paciência e auto-resignação.

Reflexão: Em nossa vida cristã pode muitas vezes acontecer algo – decepção, engano, abandono, etc. – em que sejamos levados a perguntar “Por quê?”. O sentimento de abandono pode ser extremamente forte, quase impossível de suportar. Mas, como Jesus, que manteve a Sua confiança no Pai, apesar do aparente abandono, também nós devemos manter a confiança na direção de Deus em nossa vida. Não significa que escolher confiar nos dê todas as explicações que buscamos, mas a escolha de confiar nos dá forças para prosseguir e superar as perplexidades de nossa existência.

Durante as três horas de duração daquelas trevas sobrenaturais, Jesus esteve em agonia, lutando com os poderes das trevas e sofrendo o desprazer de Deus contra o pecado, pelo qual Ele entregava Sua própria vida. O que aconteceu enquanto durou aquele momento de trevas foi crucial no plano da salvação. Enquanto Jesus lutava com o sentimento de desamparo, de abandono, de solidão – nem mesmo os discípulos O acompanharam naquela hora terrível – os poderes das trevas se aproveitavam da ocasião para levar o Salvador a desistir de Sua missão. Mas Ele permaneceu firme, disposto a beber o cálice até a sua última gota, e assim cumprir com o plano de resgate da humanidade.

Está Consumado: Da Morte Para a Vida - “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: ‘Tenho sede!’ Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam no vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, Lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: ‘Está consumado!’ E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19:28-30).

A tradução “Está consumado!” não é completa. O verbo usado no original denota fundamentalmente execução da vontade de alguém, e assim cumprir obrigações ou atos religiosos. Um aspecto é temporal e o outro é teológico. Ambos estão presentes nessa expressão. Em outras palavras: “Missão cumprida!” Jesus realizou a obra que o Pai Lhe confiara. Sua morte na cruz foi o ato de coroação dessa missão. Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2). Mas Sua morte não significa derrota. Ao contrário, demonstra de forma inequívoca a vitória de Jesus. Satanás está para sempre derrotado! O destino dos seres humanos depende de sua escolha: aceitar Cristo como seu Salvador e assim tornar-se herdeiros da vida eterna. Apesar da hora sombria, foi um brado de triunfo. Jesus Se encontrava, então, totalmente fora do alcance das tentações de Satanás. Já não mais poderia ser atingido, nem tentado a buscar um caminho alternativo para cumprir Sua missão. Morreu como vitorioso. Alcançou vitória sobre o diabo, as tentações, as palavras enganadoras, o caminho fácil, etc. Posteriormente, Se levantaria como vitorioso sobre a morte. A morte não mais poderia detê-Lo. Afinal, Ele é o doador da vida. Ele mesmo depôs Sua vida para tornar a tomá-la. Ninguém a tirou dEle (Jo 10:17-18).

“Inclinando a cabeça, rendeu o espírito.” A linguagem usada significa que Ele adormeceu. A batalha tinha chegado ao fim. Agora, Ele podia descansar. Cumpriu a missão. Este era o sono de quem executara a tarefa, e a realizara eficazmente. Nada havia sido deixado para trás.

A expressão traduzida como “rendeu o espírito” significa que a morte de Jesus foi um ato consciente, uma oferta dada por Alguém completamente cônscio de Sua missão.

Reflexão: Até onde estamos dispostos a ir para cumprir nossa missão?

Lições de Vida!


É muito triste andar pelas ruas de Itajaí, temos a impressão de que estamos vivendo em outro mundo ou outra realidade de vida, tudo lembra outro cenário que nunca antes havíamos visto ou presenciado. Com uma visão privilegiada podemos ver do alto, filmagens de uma cidade quase destruída, ruas cheias de buracos, calçadas quebradas, casas com sujeiras que parece não ter mais fim. O esforço de tentar fazer com que o tempo passe mais rápido e tudo termine o quanto antes, todos num esforço fora do comum, trabalham incansavelmente. Água é objeto de luxo, eu falo de água para lavar as roupas, limpar a casa, fazer comidas e tomar banho. Todos se desesperam para conseguir um bombona de água potável para dar o que beber para si e seus filhos. Quando penso que no passado não muito distante, a felicidade existia sem mesmo ter chuveiros com aquecimento elétrico. Todos tinham o dever de ir ao mato cortar lenhas para no fogão a lenha aquecer um panelão cheio d’água vindo diretamente da cachoeira pelos canos de bambu que chegavam até a janela da cozinha pelo lado de fora. Água pura e fresca, podia se lavar a louça, limpar a casa e até mesmo fazer a comida gostosa de cada dia.
Muita fartura, com um misto de aparentemente dificuldade, que nunca os deixava um dia se quer sem a preciosa água potável. Hoje, se tem a capacidade de cobrar por uma bombona de vinte litros o valor de trinta a quarenta reais de uma pessoa que perdeu tudo ou quase tudo nesta enchente. Não gostaria de falar do preço do pão, dos alimentos, da gasolina, mas tudo e quase todos, eu disse quase todos, se aproveitam de uma catástrofe para ganhar um algo mais a custa de outro que sofre. Sabe, Deus não se alegra na tristeza de seus filhos, nem de vê-los passando dificuldade em busca de um copo d’água para dar de beber aqueles que lhe foram confiados de cuidar.
A nossa vida é muito importante para Deus, jamais vamos entender por completo o quanto Deus nos ama e o quanto se entristece ao ver que, alguns de seus filhos estão dando passos errados para tirar proveito ou negligenciando uma ajuda. Como resultado de isso tudo, deixam muitos sem a possibilidade de poderem tomar um copo d’água limpo ou ter uma alimentação mesmo que simples no seu dia a dia em virtude de quase todos não ter amor no coração. As enchentes destes últimos dias deveriam e devem trazer lições para nossa vida, tanto material como Espiritual, material para aprendermos que muitas coisas que temos servem somente para nossa vaidade ou luxo. Muito pouco usamos para ajudar o próximo no seu dia a dia, reclamamos demais por algumas vezes não termos uma bolacha recheada ou um doce diferente para passarmos no pão em algumas de nossas refeições. A mudança deve haver o que passou, passou, o conformismo não é o foco desta conversa, mas a preocupação com o semelhante já não faz parte da vida de muitos Cristãos e isso deve ser reavaliado na vida de todos nós. É impossível não aprendermos que somos todos iguais e que podemos ajudar uns aos outros tanto nos momentos de alegria como nos momentos de Tristeza. Como eram os teus dias antes desta catástrofe? Como estão sendo os teus dias depois da catástrofe? Tiraremos tempo para ajudar nosso semelhante, nem que seja para ajudar a tirar um pouco de lama de dentro de sua casa, restos de um guarda-roupa, pia da cozinha ou quem saber levar um litro de leite ou frutas para vê-los saciando o que mais é preciso neste momento?
Temos que enxergar o que esta a frente de nossos olhos, precisamos sentir a importância do próximo que mora na frente de nossa casa ou distante que seja. É isso que Jesus quer que eu você sejamos, irmãos. Todos viemos de um Deus poderoso, criador e mantenedor de todas as coisas, ou seja, um verdadeiro Pai que se preocupa com todos seus filhos. Ricos e pobres, todos iguais e tendo responsabilidades diferentes diante da sociedade. Mas perante Deus e o próximo o que falta é amor. Isso já estava profetizado na Santa Bíblia Sagrada, nas próprias palavras do Senhor Jesus no livro de Mateus capitulo 24 versículo 12 “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará”.
Isso aconteceria nos últimos dias, pertinho da volta de Jesus, prepare-se Jesus esta voltando. Entendamos, nós não precisamos fazer parte desta profecia, desta grande massa dos que não terão mais amor pelo seu próximo, Nós podemos ser sim um verdadeiro filho de Deus que ama e se preocupa com seu semelhante. Façamos nossa parte, aprendamos as lições que estão bem diante de nossos olhos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Doutrina da Trindade

PERGUNTA Nº 01 - Por que a maioria dos pioneiros não cria na doutrina da Trindade e por que esse assunto não foi totalmente revelado no princípio?
A resposta possui três aspectos pelo menos:
a) HAVIA, ENTRE OS PIONEIROS, DIFERENÇAS DOUTRINÁRIAS EM VÁRIOS ASSUNTOS.
A igreja ASD não foi o resultado de uma divisão de outra igreja que já possuía um corpo de doutrinas completo. Também não resultou de algum líder carismático e autoritário que determinou desde o início o que se devia acreditar, já fornecendo um corpo completo de doutrinas. Se assim fosse TODOS já iniciariam na Igreja Adventista do Sétimo Dia crendo a mesma coisa, sem divergências de pensamento. O Movimento Millerita, iniciado por William Miller, pregador BATISTA (que não fundou e nunca foi membro da IASD, morrendo nos arraiais batistas), foi logo seguido por pastores e membros de VÁRIAS denominações (metodistas, presbiterianos, Conexão Cristã, etc.). Antes que se dissolvesse (1844) como movimento que esperava a volta de Jesus para aquele ano, somente uma doutrina ocupava-lhes a mente: preparar-se para a volta do Senhor. Assim, ERA NATURAL que tivessem pontos de vista diferentes sobre a Trindade (e outros temas), pois procediam de igrejas com concepções distintas sobre essa doutrina. Por outro lado, como não havia, ainda, uma declaração de crenças, cada um deles mantinha opiniões pessoais diferentes sobre vários assuntos. Somente depois de décadas de estudo das Escrituras e oração várias doutrinas foram se tornando consenso e puderam ser consideradas crenças oficiais da igreja. Felizmente a história ASD não tem a marca do cisma religioso e nem do autoritarismo doutrinário. A doutrina amadureceu através dos anos em intensos encontros nos quais a participação, oração e estudo das Escrituras determinaram o seu corpo de doutrinas bíblicas. O que faria tanta gente com crenças tão diferentes permanecerem juntas buscando a união de pensamento e fé a não ser o Espírito Santo da comunhão? (II Cor. 13:13)
b) NOSSA BASE DOUTRINÁRIA NÃO É A CRENÇA TRAZIDA PELOS PIONEIROS DE SUAS IGREJAS DE ORIGEM.
Perguntar por que a maioria dos pioneiros não cria na Trindade dá a impressão que APENAS NESSE PONTO havia diversidade entre eles. Como já foi dito acima, a própria origem dos líderes da futura IASD (1863) fazia deles pessoas com VÁRIAS crenças diferentes. Se tivermos que questionar as doutrinas nas quais não havia harmonia COMO NO CASO DA TRINDADE, então nossa base já não seria mais a Bíblia e sim as doutrinas que os pioneiros trouxeram “na bagagem”. E qual grupo de pioneiros deveríamos seguir? Felizmente a Bíblia corrigiu e unificou as opiniões até que chegassem à unidade doutrinária. A pergunta correta seria: Por que tantas diferenças de opiniões sobre tantas doutrinas? A resposta já foi dada acima.
c) AS DOUTRINAS NA IASD LEVARAM ANOS AMADURECENDO – O MESMO OCORREU NO PASSADO COM A IGREJA PRIMITIVA.
Obviamente que por um processo de amadurecimento, discussão, estudo da Bíblia e oração a unidade doutrinária não ocorreria de uma hora para a outra tanto na teoria quanto na prática.
A Palavra de Deus em Provérbios 4:18 declara que:
“A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”

Exemplos de conhecimento progressivos tirados da história bíblica:
1. Circuncisão e justificação pela fé - Jesus morre no ano 34, mas questões como circuncisão e justificação pela fé somente se decide “oficialmente” no Concílio de Jerusalém no ano 50 AD (16 anos depois).
2. Pregação aos gentios - Jesus mandou pregar aos gentios (Mt 28:19) no ano 34, mas Pedro somente entendeu isso em Atos 10 (38 AD) e a Primeira Viagem Missionária de Paulo somente ocorre em Atos 13 no ano 45 AD.
3. A pessoa e obra do messias - Deus anunciou o Messias a Moisés (1440 AC), mas apenas se compreendeu melhor sua obra com Isaías (ca 770 AC?) e somente foi entendida por UMA PARTE do seu povo quase 800 anos depois com o próprio Jesus e depois de Jesus ainda não se entendia direito o que Paulo lutava por explicar: a salvação no nome de Jesus para Judeus e gentios.
4. O entendimento do livro de Daniel - O livro de Daniel foi dado ao povo de Deus, mas sua compreensão somente seria alcançada séculos depois. Deus deu a mensagem, mas ela estaria selada (Dan 12:9).
Assim, nem sempre as Escrituras são entendidas de imediato pelo seu povo. Pode levar tempo até que a mensagem alcance sua luz plena. Isso tudo não significa que Deus não esteja dirigindo sua igreja.
Exemplos de conhecimento progressivos tirados da história na IASD
1. Trindade – doutrina plenamente desenvolvida no conceito de Ellen White em 1892-1898.
2. Dízimo - progressivo entendimento também - recomendado e adotado em 1870.
3. Justificação pela fé – progressivo entendimento ainda em debate devido a “muitos pioneiros” que não entendiam e nem aceitavam como a ensinamos pelas Escrituras – plenamente aceita somente após 1888.
4. Organização da Igreja – somente aceita e consolidada em 1863.
Se tivéssemos de voltar a este “ensino de alguns pioneiros” a acusação de legalistas seria justa.
Isso nos mostra que nem sempre as idéias “originais” dos pioneiros e líderes, embora evangélicos de procedência, eram corretas. Eles mesmos mudaram quando perceberam seus erros aos quais alguns parecem querer retornar.
5. O mesmo se poderia dizer da Reforma de Saúde, guarda do Sábado, Dom Profético, inferno, etc. Nenhuma delas “apareceu” pronta. TODAS tiveram sua fase de desenvolvimento, amadurecimento e confirmação bíblica e apenas após DÉCADAS algumas se tornaram consenso. Assim, somente em 29 de dezembro de 1930 a igreja pôde VOTAR a primeira Declaração de Fé que foi publicada em 1931 no yearbook e no ano seguinte no Manual da Igreja. As declarações anteriores tinham sido de caráter particular.
Finalmente, cremos no ensino dos pioneiros, MAS QUANDO APOIADOS NA BÍBLIA, como é o caso da Trindade.
6. Algum descrente poderia perguntar: por que o Deus da Justificação pela fé não revelou essa doutrina logo? Por que o Deus do Sábado não a revelou logo? Por que ficaram séculos sem serem conhecidas por milhões de crentes? Onde estava o Deus da Temperança que não a revelou desde o começo? Por que tantos séculos sem que milhões tivessem a oportunidade de conhecer sobre saúde Sábado, lei de Deus, Justiça pela fé, Dom de profecia, etc., etc? Tais perguntas revelam a tendência de ver erro em como o Senhor age e desconhecimento de sua obra.
Acusar o não surgimento da doutrina da Trindade logo no início da igreja serve, para o descrente, para acusar todas as demais doutrinas.

PERGUNTA Nº 02 – Por que Ellen White nunca utilizou a palavra Trindade (Trinity), mas Godhead (divindade) em seus textos e livros, e mesmo assim os tradutores da CPB se sentiram livres para verter esse termo (Godhead) como “Trindade” no livro Evangelismo e outros? Não é esta uma clara comprovação da manipulação de textos supostamente inspirados a fim de favorecer uma doutrina não bíblica?
Nada há de manipulação pelas seguintes razões:
1. O que diz o dicionário - A palavra Godhead de acordo com o dicionário Webster significa: divindade, qualidade de Deus, e TAMBÉM se refere às três pessoas que compõem a divindade. Dois exemplos:
a) “Godhead. 1. divine nature and essence:DIVINITY; 2. a: GOD; b: The nature of God esp. as existing in three persons.”
b) Tradução: Godhead. 1. natureza divina e essência:DIVINDADE. 2. a: DEUS; b: A natureza de Deus especialmente como existindo em três pessoas.”
c) “Godhead. 1. The quality or state of being devine: DEITY (…). 2. a: GOD, DEITY. (…); b: The nature of God esp. when regarded as triune: TRINITY (The external relations within the Godhead itself) (…).”
Tradução: 1. A qualidade ou condição de ser divino: DEIDADE (...) 2. a: DEUS, DEIDADE. (...); b: A natureza de Deus especialmente quando considerado como triuno: TRINDADE (As relações externas dentro da própria Godhead)
O mesmo dicionário Webster, volume III, à página 2.446 no verbete “trinity” declara que trindade é a união de três pessoas numa só “godhead” (divindade), Portanto, a tradução como trindade está correta.
2. Apenas problema de tradução - Como já está claro pela própria pergunta, o aparente “erro” não está nos livros publicados pela igreja como demonstra o original em inglês, mas na tradução em português. Assim, o máximo que se poderia dizer, uma vez que a tradução para Trindade tem apoio do dicionário, é que o termo em português contempla mais de perto o contexto específico do que no inglês e não contradiz o pensamento mais amplo que se encontra nos livros de Ellen White. E se fosse erro? Problemas de tradução ocorrem em qualquer tradução, até mesmo ao traduzir a Bíblia.
3. A idéia do termo “trindade” está em Ellen White - A palavra Trindade é um termo teológico, mas que expressa perfeitamente o pensamento de Ellen White. É um termo criado para tentar expressar a idéia BÍBLICA de que Deus é apresentado como Pai, Filho e Espírito Santo. (Veja textos mais adiante). A IDÉIA/DOUTRINA é o que importa e ela encontra-se na Bíblia. O mesmo ocorre com o termo Milênio que não está na Bíblia, mas está o seu equivalente “mil anos” (Apoc. 20:1-2). Ellen White usa o equivalente a Trindade (trio, três, tríplice) e DEFENDE A IDÉIA de que a DIVINDADE (GODHEAD) é composta de TRÊS PESSOAS como veremos mais adiante, e é isso que importa, assim como a Bíblia, que apresenta também três pessoas numa mesma divindade.
4. Textos de Ellen White demonstram idéia de uma divindade em três pessoas (não são três e nem dois deuses) - Observe os textos em inglês sobre Deus em três pessoas e sua tradução em português:
a) “Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the Third Person of the Godhead, who would come with no modified energy, but in the fullness of divine power.”
Tradução: “Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Trindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder.”
Se há uma Terceira Pessoa na Divindade (com a plenitude do poder divino), o que é essa Divindade senão uma Trindade? A melhor tradução, neste parágrafo (de Godhead) que confere com o contexto, e tem o apoio do dicionário Webster, é Trindade.
b) “When you gave yourself to Christ, you made a pledge in the presence of the Father, the Son, and the Holy Spirit – the three great personal Dignitaries of heaven. ‘Hold fast’ to this pledge.”
Tradução: Quando você se entregou a Cristo você fez uma promessa na presença do Pai, do Filho e o Espírito Santo – os três grandes Dignitários pessoais do céu. ‘Sê fiel’ a essa promessa”. (grifo nosso)
Aqui NÃO HÁ ALTERNATIVA DE TRADUÇÃO. São TRÊS (THREE, em inglês) os dignitários do Céu; Eles são pessoas; Eles são o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Somente uma conclusão óbvia: Deus é uma Trindade.
c) “In the name of the Father, the Son, and the Holy Spirit, man is laid in his watery grave, buried with Christ in baptism, and raised from the water to live the new life of loyalty to God. The three great powers in heaven are witnesses; they are invisible but present.”
Tradução: “No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo o homem é colocado em sua sepultura líquida, sepultado com Cristo no batismo, e ressuscitado da água para viver a nova vida de lealdade a Deus. Os três grandes poderes no céu são testemunhas; eles estão invisíveis, mas presentes”. (grifo nosso).
São TRÊS os PODERES do céu igualmente grandes.
d) “The work is laid out before every soul that has acknowledged his faith in Jesus Christ by baptism, and has become a receiver of the pledge from the three persons – the Father, the Son, and the Holy Spirit”.
Tradução: “A obra é posta diante de cada alma que reconheceu sua fé em Jesus Cristo pelo batismo e se tornou um receptor da garantia que vem das três pessoas – o Pai, o Filho, e o Espírito Santo”. (grifo nosso). A promessa e garantia divina originam-se em TRÊS PESSOAS.
e) “Christ made baptism the entrance to His spiritual kingdom. He made this a positive condition with which all must comply who wish to be acknowledged as under the authority of the Father, the Son, and the Holy Ghost. Those who receive the ordination of baptism thereby make a public declaration that they have renounced the world, and have become members of the royal family, children of the heavenly king.”
Tradução: “Cristo tornou o batismo a entrada para Seu reino spiritual. Ele o tornou uma positiva condição com a qual devem concordar todos os que desejam ser reconhecidos como sob a autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Aqueles que recebem a ordenança do batismo fazem uma declaração pública de que renunciaram ao mundo e se tornaram membros da família real, filhos do rei celestial.” (grifo nosso). Há UM rei celestial que é apresentado como TRÊS pessoas que têm AUTORIDADE.
f) “Those who are baptized in the threefold name of the father, the Son, and the Holy Ghost, at the very entrance of their Christian life declare publicly that they have accepted the invitation, ‘Come out from among them, and be ye separate, saith the Lord, and touch not the unclean thing; and I will receive you, and will be a Father unto you, and ye shall be my sons and daughters, saith the Lord Almighty.”
Tradução: “Aqueles que são batizados no tríplice nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, no momento de sua entrada na vida cristã declara publicamete que aceitaram o convite, ‘Saí do meio deles, separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo; e Eu voz receberei, e serei um Pai para vós, e vós sereis meus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. (grifo nosso).
O Senhor Todo-poderoso (singular) é UM TRÍPLICE (plural) nome.
g) “The Father, the Son, and the Holy Ghost, powers infinite and omniscient, receive those who truly enter into covenant relation with God.”
Tradução: “O Pai, o Filho e o Espírito Santo, poderes infinitos e oniscientes, recebem aqueles que verdadeiramente entram em relações de concerto com Deus”. (grifo nosso).
Deus = Pai, Filho e Espírito Santo que são infinitos e oniscientes.

PERGUNTA Nº 03 – Por que a pessoa do Espírito Santo não estava presente na criação, mas somente o Pai e o Filho?
A pergunta está esquecendo várias passagens (bíblicas e de livros da igreja) e citando APENAS as que não mencionam o Espírito Santo como Criador. Quem busca onde a resposta não está é porque não sabe ou não quer achar. Vejamos alguns textos:
· Gênesis 1:2.
1. Diz o Comentário Bíblico Adventista “Espírito”, ruach. Em harmonia com o uso que a Escritura faz o Espírito de Deus é o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade. (...) [2] A palavra aqui traduzida ‘movia’ é merachephet, a qual não pode corretamente ser traduzida como ‘chocar’, embora tenha esse significado em siríaco e no dialeto aramaico pós-bíblico. A palavra ocorre mais duas vezes no AT. Ela aparece em Jeremias 23:9, onde tem o significado de ‘agitar’, ‘tremer’ ao passo que em Deuteronômio 32:11 ela é usada para descrever a agitação da águia sobre os seus filhotes. A águia não choca sobre os filhotes, mas plana vigilante e protetora sobre eles.”
2. Não era, portanto, um vento impessoal mas um Ser que velava para agir na criação. Também a descrição de Deus (Jeová) como uma águia que leva seu povo como filhotes é apresentado em Deuteronômio 32:11, 12.
· Jó 33:4 declara o que não está claro em Gênesis: “O Espírito de Deus me fez...” revelando a participação do Espírito Santo. O mesmo ocorre com Jesus que é apresentado como criador de forma mais clara e direta somente no NT.
· Salmo 104:30 “Envias o teu Espírito, eles são criados, e assim renovas a face da terra”.O Salmo está tratando de Deus como Criador e o Espírito é apresentado como o Agente dessa criação e seu mantenedor. Isso fica claro ao dizer que Ele também ‘renova’ a face da terra.
· Ezequiel 37:9 demonstra que o agente que ressuscita os mortos é o Espírito que mantém e concede vida aos homens. Não são os ‘espíritos’ mas um só que mantém a vida de muitos. Aqui se demonstra o poder criador ao declarar que o Espírito é quem é chamado para dar vida.
· Declarações da literatura da igreja:
“‘No princípio... Deus.’ Gên. 1:1. Aqui somente poderá o espírito, em suas ávidas interrogações, encontrar repouso, voando como a pomba para a arca. Acima, abaixo, além - habita o Amor infinito, criando todas as coisas para cumprirem o ‘desejo da Sua bondade’. II Tess. 1:11”.
‘As suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder como a Sua divindade, ... se vêem pelas coisas que estão criadas.’ Rom. 1:20. Mas o seu testemunho poderá ser compreendido apenas mediante o auxílio do Mestre divino. ‘Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.’ I Cor. 2:11.
‘Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade.’ João 16:13. Exclusivamente pelo auxílio daquele Espírito que no princípio ‘Se movia sobre a face das águas’ (Gên. 1:2), pelo auxílio daquela Palavra pela qual ‘todas as coisas foram feitas’ (João 1:3), e daquela ‘luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo’ (João 1:9), pode o testemunho da ciência ser corretamente interpretado. Apenas sob sua orientação se podem discernir suas mais profundas verdades.
Unicamente sob a direção do Onisciente, habilitar-nos-emos a meditar segundo os Seus pensamentos, no estudo de Suas obras.”
O que diz o texto acima? O Espírito que “pairava sobre as águas” em Gênesis 1:2 é uma pessoa, o Espírito Santo que Jesus menciona em João 16:13 como Seu SUBSTITUTO. Não é um vento ou energia impessoal. Não são a mesma pessoa. O texto diz também que a ciência a respeito da criação somente pode ser interpretada corretamente com a ajuda de dois personagens: O Espírito Santo (que se movia sobre as águas e que é o mesmo de João 16:13) e (outro personagem) Jesus (a Palavra pela qual todas as coisas foram feitas e a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo). “Apenas sob sua [their em inglês, ou seja, os dois personagens citados] se pode discernir suas mais profundas verdades”. Curiosamente a citação final declara que ELES (o Espírito e Jesus) são dois, mas são tratados como o ONISCIENTE. Declarando a onisciência do Espírito Santo, que Ele não é Jesus e de quebra indicando a unidade de ambos numa só Divindade onisciente.
Portanto o Espírito Santo é Criador, pessoal, não é Jesus, mas com Cristo faz parte da Divindade onisciente.

PERGUNTA Nº 04 – Por que Jesus não disse: “Eu, o Pai e o Espírito Santo somos um?
a) Por que o capítulo está tratando de um debate entre Jesus e os Judeus sobre se Ele era o Messias. Não se tratava das pessoas da Divindade, mas se Jesus era ou não enviado pelo Pai. A passagem mencionada está no evangelho de João capítulo 10:30.
b) Se desejar saber a natureza e missão do Espírito Santo os capítulos são outros: 14, 15, 16. Neles se declara que o Espírito Santo é ‘outro’ Consolador (outro=gr. Allos=outro igual, da mesma natureza), ali ele é chamado de Ele, Aquele (gr. Ekeinos=pronome PESSOAL, MASCULINO, SINGULAR); é dito que Sua obra seria mais ampla (todo mundo), profunda (dentro de vós) e por mais tempo (para sempre) do que a de Jesus. O Espírito seria mais conveniente do que o próprio Mestre (convém-vos que eu vá; convém=gr. Sunferei=vantajoso, lucrativo).
c) Cristo veio glorificar o Pai e o Espírito veio glorificar a Cristo. Portanto, igual a Cristo que é igual a Deus.
d) É, no mínimo, ingênuo perguntar por que Deus não disse isso ou aquilo aqui neste texto. Devemos é aceitar o que Ele diz não importa em que parte da Bíblia está. Além disso, alguém diria: - Por que o nome de Deus não é mencionado no livro de Ester? Será que o autor não cria em Deus? Isso é mera especulação. Mas o descrente diria mostre-me o nome Jesus no AT e Jeová no livro de Ester que eu creio. Esse não quer crer e procura a verdade que precisa nos lugares onde sabe ela não está e despreza tantos outros lugares onde ela está. “Buscai, e achareis...”. Para saber a unidade do Espírito Santo com o Pai e o Filho basta ler as passagens onde os três aparecem juntos e sendo colocados como os mesmos atributos (qualidades) e prerrogativas (direitos).

PERGUNTA Nº 05 – É verdade que a Bíblia não diz que a nossa comunhão é com o Pai e o Filho?
Sim, mas TAMBÉM diz que é com e através do Espírito Santo. Sem o Espírito nós nem teríamos comunhão com o Pai e nem com o Filho. Nós nem saberíamos que temos comunhão com Deus se não fosse o Espírito, que veio substituir Jesus ao este ascender ao Céu.
a) “E nisto conhecemos que ele [Deus] permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”.I João 3:24. (grifo nosso).
b) “Nisto conhecemos que permanecemos nele [Deus], e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito”. I João 4:13. (grifo nosso).
c) “A graça do Senhor [1] Jesus Cristo, e o amor de [2] Deus, e a COMUNHÃO do [3] Espírito Santo sejam com todos vós.” II Cor. 13:13. (grifo, maiúsculas e numeração nossos).
Portanto a nossa comunhão é com as três pessoas da Trindade e sem o Espírito Santo não há e nem reconhecemos tal comunhão. O Espírito Santo é a pessoa da Trindade que efetua, a comunhão com o Pai e o Filho. Na prática é Ele que habita em nós para efetivar a comunhão. I Cor. 3:16 e 6:19.

PERGUNTA Nº 06 – Por que a Bíblia diz que Jesus Cristo soprou sobre Seus discípulos o Espírito Santo em João 20:22? O Espírito pode ser soprado?
É um símbolo como outros que são usados para o Pai, Jesus, os anjos e a igreja. Exemplos:
a) Deus é “fogo”, “espírito” (no orignal também = vento, ar); Deus é “luz” ; Jeová é derramado como “orvalho” e “chuva” (Osé 6:3) etc. Jesus: é “luz”, porta, videira, água, etc. Anjos: fogo, vento, estrela. JESUS É UM DOM DE DEUS SEM QUE ELE DEIXE DE SER UMA PESSOA.
b) O Espírito somente viria quando Jesus fosse ao céu e não num sopro.
c) O Espírito não foi o sopro de Jesus, mas um símbolo para animá-los. A promessa simbolizada pelo assoprar somente se cumpriu no Pentecostes que acontecia cinqüenta dias após a Páscoa, ocasião da morte de Jesus. Atos 1:4 e 2:1-4.
Portanto, por se tratar de um símbolo, o sopro não era o Espírito assim como Jeová não é a chuva e nem Jesus é água, mesmo porque o Espírito não veio na hora do sopro. Ele somente viria quando o Salvador subisse ao céu.

PERGUNTA Nº 07 – No batismo de Jesus, por que Ellen White não se referiu à pessoa do Espírito Santo na pomba que desceu sobre Jesus, conforme o livro Temperança, página 284?
Talvez não se tenha notado NO MESMO LIVRO, página 274 a seguinte citação:
“Quando Cristo começou Seu ministério, curvou-Se nas margens do Jordão, e dirigiu ao Céu uma petição em favor da raça humana. Ele fora batizado por João, e os céus se abriram, o Espírito de Deus, em forma de pomba, circuncidou-O, e ouviu-se do Céu uma voz que dizia: ‘Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo.’ Mateus 17:5”. (grifo nosso)
Pode-se ler Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 227. Entretanto, o mais importante é que A BÍBLIA já identifica, antes de Ellen White, que a pomba no batismo de Jesus é o Espírito Santo (Mat. 3:16; Mar. 1:10). Outras informações ou significados que possamos achar NÃO ANULAM o significado dado pela Bíblia!

PERGUNTA Nº 08 – Se o Espírito Santo é uma Pessoa, como Ellen White diz que foi a glória de Deus que veio sobre Jesus no batismo?
a) São declarações complementares: O Espírito Santo vem e Ele é (ou traz) a glória de Deus.
b) Ser glória não tira a personalidade do Espírito, como não tira a de Deus, de Cristo ou de seres humanos, conforme abaixo:
o Deus é a glória de Israel. I Sam. 15:29.
o Deus é a glória de Jacó. Salmo 47:4.
o Deus é a glória do que anda na Sua presença. Salmo 89:17.
o Deus é a glória de Jerusalém. Zac. 2:5.
o Jesus é o resplendor da glória de Deus. Heb. 1:3.
o Os pais são a glória dos filhos. Prov. 17:6.
o O homem é a glória de Deus. I Cor. 11:7.
o Os apóstolos eram glória da igreja. II Cor. 1:14. etc.
Portanto, Deus é a glória do povo e este a glória de Deus, e o Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade é, como Jesus, a glória de Deus, e não deixa de ser uma Pessoa por isso.

PERGUNTA Nº 09 –Por que os apóstolos não solicitavam que os novos conversos cressem e fossem batizados em nome da Trindade?
a) JESUS foi quem mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, devemos, portanto, obedecer ao Salvador.
b) Os apóstolos cobravam daqueles que não conheciam a Trindade o seu conhecimento como foi o caso dos efésios. Precisavam saber que o Espírito Santo EXISTIA e que Ele podia OPERAR na vida deles. Eles conheciam a Deus Pai e a Jesus, mas não o Espírito. Além disso, não eram batizados no nome de Jesus. Atos 19:1-6.

PERGUNTA Nº 10 – Por que o livro de Atos apresenta outra fórmula batismal, somente em o nome de Jesus, diferente da de Mateus? Qual razão para isso?
Não parece ser uma outra fórmula batismal, apenas um complemento, pelas seguintes razões:
1) De acordo com o Theological Dictionary of the New Testament, o batismo judaico que foi praticado por João Batista era feito para arrependimento dos pecado “no Nome” (ou seja, no nome de Jeová). Os judeus não estranharam o ritual praticado por João Batista, apenas queriam saber “com que autoridade” ele batizava. João os reportou à fórmula judaica citando a autoridade: “Aquele” que me enviou... Os judeus já batizavam, mas por causa do respeito que tinham ao nome de Deus, o qual evitavam pronunciar, referiam-se no batismo ao “Nome” de Jeová. Os primeiros discípulos foram batizados “no Nome” (Lo Shem) esperando o messias anunciado por João Batista. Mas seu batismo não incluía a revelação do Messias como sendo Cristo Jesus, daí os que foram batizados no batismo judaico ministrado por João deveriam ampliar sua confissão de fé através de um batismo ou confissão complementar pelo qual davam testemunho de terem aceitado a Jesus como Salvador. (conf. Rom 10:9 e I Cor. 12:3).
2) Assim não era uma fórmula nova, mas apenas um complemento necessário na confissão de judeus e prosélitos e demonstrava que a igreja ainda não chegara à uniformidade doutrinária em alguns pontos como ocorria com o batismo, as carnes sacrificadas aos ídolos e sufocadas e o conhecimento da existência e batismo no Espírito Santo, justificação pela fé, etc. Note que apenas judeus e prosélitos é que foram batizados ou rebatizados em nome de Jesus. Esse complemento, até onde se possa verificar no texto bíblico, não foi usado para gentios pagãos.
3) Para ser uma fórmula de batismo e ser seguida sem distorções, seria necessário que os termos ou as palavras da fórmula fossem os mesmos, mas isso não acontece. A Bíblia apenas diz que os que já tinham sido batizados por João deveriam, agora, aceitar a Jesus.
Perceba a diferença do enunciado: a) Atos 2:38 e 10:48 “no nome de Cristo” e b) Atos 8:16 e 19:5 “em nome do Senhor Jesus”. Se fosse tomada como fórmula seriam mais duas diferentes.
4) O significado de “em nome de” (ónoma) é “revelação” e “pessoa”, “em consideração a” (TDNT) isto é, agora os judeus e os prosélitos, deviam incluir a pessoa e a revelação de Jesus em sua experiência cristã invocando o nome de Jesus (pessoa e revelação) Atos 15:17. Não na autoridade, mas na revelação de Jesus. Atos 2:36.
5) Tratava-se também de uma profecia de que o nome do Messias deveria ser incluído na experiência dos judeus e dos que já invocavam o seu nome (prosélitos). Atos 15:16 e 17 (veja o caso de Paulo em Atos 22:16)
6) Já em Mat. 28:19 a fórmula é universal “para todas as nações” as quais necessitavam reconhecer o Pai, o Filho e o Espírito Santo e que ainda não professavam a verdade.
Desse modo a fórmula batismal de Mateus é a única completa e universal e o que se encontra em Atos é o testemunho necessário para a casa de Davi que, tendo caído, devia ser levantada pela aceitação do Messias, Jesus Cristo.
7) Alguns tentam dar a impressão de que a fórmula batismal de Mateus é a única sustentação para a doutrina da Trindade e que esta não seria por isso autêntica. Mas a passagem de Mateus 28:19 está contida nos manuscritos antigos da Bíblia, alguns, entretanto, não querem aceitá-la devido a mencionar a Trindade, porém, a Divindade é apresentada em outras passagens da Bíblia em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo o que combina com a fórmula batismal de Mateus. O nome de Jesus em Atos era um complemento até que toda a igreja fosse uniformizada doutrinariamente tendo a Jesus reconhecido como o Messias e Cristo, Senhor de judeus e gentios.

PERGUNTA Nº 11 – O fato de o Espírito Santo ser um dom não significa que Ele não é uma pessoa?
De forma alguma. Jesus é TAMBÉM um dom de Deus concedido a nós. A palavra dom significa doação, dádiva, presente. Jesus é o maior dom de Deus ao mundo. João 3:16. Desejado de todas as nações, 565 (538 na edição antiga); Mente, caráter e personalidade, 401; Meditações Matinais, 1983, 195.

PERGUNTA Nº 12 – Por que a Bíblia em Atos 1:5 fala em batizar com Espírito Santo em vez de pelo Espírito Santo? Por que receberiam poder e não um novo comandante espiritual?
a. A palavra com ( gr. en = pode significar com, através e no). Atos 1:5 diz: en pneumati =por, através, no Espírito.
b. O exemplo seguinte (entre muitos outros) do uso da palavra ajudará a esclarecer: Jesus diz que não expulsava demônios por belzebu (en belzeboul) Mat. 12:27. Jesus disse: “...eu expulso demônios pelo Espírito de Deus...” (en pneumati Teou) Mat. 12:28. A mesma palavra de Atos 1:5 com o significado de por (v.27) e pelo (v. 28).
c. O símbolo do batismo é lavagem espiritual, sepultamento do velho ser humano. Assim, o batismo é operado pelo Espírito e no Espírito (I Cor. 12:13) que nos transforma. Mais ainda, como Jesus é quem envia o Espírito para substituí-lo é correto dizer também que Jesus batiza-nos com o Espírito. A palavra não desqualifica, de forma alguma, a personalidade do Espírito.
d. Voltamos a tocar nos simbolismos: Nós bebemos de Cristo (ICor. 10:4); bebemos do Espírito (ICor. 12:13); Somos revestidos de Cristo (Rom. 13:14); revestidos de poder (Luc. 24:49); Batizados em Cristo e revestidos de Cristo (Gál. 3:27). Será que Cristo não é uma pessoa pelo fato de a Bíblia dizer que o bebemos, nos revestimos dele e nele também fomos batizados? Assim o Espírito é uma pessoa na qual, pela qual e através da qual nossa conversão ocorre (batismo espiritual que a água apenas simboliza).
e. O livro de Atos mostra claramente que o comandante das ações da igreja após o Pentecostes é o Espírito Santo. Basta ler o livro de Atos do Apóstolos que, alguém declarou, deveria ser chamado, mais corretamente, de Atos do Espírito Santo. Já a passagem em português deixa mais do que claro que o Espírito ao vir traria poder. Ele traz poder. Diz o texto: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas...” (Atos 1:8). Esse é o novo Consolador da igreja que estaria para sempre conosco, sua presença nos dá poder. Jesus, humano, foi ungido com o Espírito Santo e com poder. (Atos 10:38). O Espírito não é o poder impessoal. Sua presença, já que é uma pessoa da Trindade, nos dá poder.
Portanto, batizados pelo, no e com o Espírito Santo, recebemos poder que Ele fornece a todos os que por Ele são guiados.

PERGUNTA Nº 13 – A salvação é obra do Espírito Santo também?
Sim. Jesus e o Espírito Santo fazem a MESMA obra de salvação no crente.
1. Jesus se oferece a Deus pelo Espírito eterno. Heb. 9:14.
2. O Espírito dá vida. Jo. 6:63.
3. Ninguém pode entrar no reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Jô. 3:5.
4. Só quem é guiado pelo Espírito de Deus é filho de Deus. Rom. 8:14
5. “Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus”.I Cor. 6:11
6. Do Espírito é que se colhe a vida eterna. Gal. 6:8.
o O sacrifício pelo homem foi feito por Jesus, mas este sacrifício somente chega a Deus através do Espírito Santo.
o No entanto, o Espírito dá VIDA; somente pela sua obra se entra no REINO DE DEUS; somente quem Ele guia é FILHO DE DEUS; Ele faz a mesma obra que Jesus ao LAVAR, SANTIFICAR, JUSTIFICAR.
o Dele é que se colhe a VIDA ETERNA.
Algumas vezes a Bíblia diz que a vida eterna vem de Deus, outras de Jesus e outras do Espírito Santo. Mas nem sempre a Bíblia usa frases iguais para dar a mesma mensagem e nem sempre diz a mesma coisa no mesmo texto. A Bíblia diz que, assim como Deus e Jesus, o Espírito Santo dá vida eterna, santifica, justifica, nos faz filhos de Deus e somente por meio dele entramos no reino de Deus. Portanto ao Espírito Santo pertence, também, a salvação.

PERGUNTA Nº 14 – Por que na cidade santa o apóstolo vê apenas o trono de Deus e do Cordeiro? E o trono do Espírito Santo?
1. Porque o tema do Apocalipse é Cristo e sua obra redentora. A ênfase é Sua vitória e entronização e não a obra do Espírito Santo. Outros exemplos: O tema de Rute, Ester, Cantares e outros não é explicitamente o Messias e nem a divindade de Jeová, portanto não se deve procurar um assunto quando não é esse o tema de um livro. O Apocalipse não trata da entronização do Espírito Santo daí não se preocupar com o tema.
2. Declara-se do Espírito Santo que ele habita com e nos crentes para sempre, como já vimos em Jo 14:16, 17 e que o nosso corpo é seu templo individual (1Co 6:19). Isso requer onipresença, para viver em cada crente simultaneamente, sempre, até que Jesus volte. Tal poder nem Gabriel e nem todos os anjos juntos possuem. Aliás, a Bíblia não informa que os anjos de Deus moram dentro dos homens. Eles, embora residam no céu, “acampam” ao “redor” dos que temem a Deus e os livram (Sl 34:7).
3. Além disso, não poderia a presença de um simples anjo ser mais “conveniente” (gr. sumferei = vantajoso, lucrativo, Jo 16:7) do que a do próprio Jesus. Como não poderia um anjo ser igualado a Jesus quando ele disse que enviaria “outro” (gr. Allos = outro igual) Consolador. O texto fala de alguém “igual” a Jesus, o Espírito Santo, que viria para substituí-Lo.
4. Retornando à declaração bíblica de que o nosso corpo (individualmente) é “templo” (gr. naós) do Espírito Santo (I Co 6:19) e que “nós” (coletivamente como igreja) somos Seu “templo” (gr. naós). É importante notar que a palavra usada para templo em ambos os casos não é a palavra grega hieron que se referia a todo o complexo do templo. Embora às vezes usadas como sinônimos, naós (1Co 3:16; 6:19) é a palavra preferida para referir-se ao lugar santíssimo do templo de Israel, o lugar da presença de Deus. Essa palavra, mesmo entre os pagãos, referia-se ao lugar onde se localizava pessoalmente a divindade. A palavra “habitar” (gr. oikei) significa “residência fixa”, “permanência”. Conforme declara Leon Morris:
Evidentemente [Paulo] via o Espírito como divino no sentido mais completo. O “templo” ou santuário é o lugar onde Deus habita. Essa é Sua característica distintiva. Mas o Ser que habita neste santuário é o Espírito.
5. Obviamente não teria sentido um santuário para anjos, o que seria idolatria.
· Anjos e homens podem estar no santuário, mas não têm santuário para eles.
· Mais absurdo ainda é um santuário para uma energia impessoal, o que lembra a “adoração” do caos pagão ou do acaso materialista.
· De qualquer forma a palavra para o santuário de Deus referido em 1Co 3:16 é a mesma do capítulo 6:19, referindo-se a um lugar onde uma divindade está e é adorada e, especificamente ao “santo dos santos” do santuário israelita, onde a presença de Deus se manifestava.
· Ou seja, o Espírito Santo que não pode ser confundido com o próprio Deus Pai, pois vem “da parte de Deus” (6:19), é apresentado como Alguém que têm em nós um santuário, lugar de adoração, prerrogativa exclusiva da divindade e, portanto, não pode ser um anjo criado, como crêem alguns.
Portanto, não apenas devido ao tema específico do Apocalipse como ao fato do Espírito Santo ter o Seu Santuário (o Santíssimo) em nós (para sempre) é que Ele não aparece sendo entronizado no céu. Seu trono é, para sempre, no coração dos crentes. Dentro do contexto do livro de João (que também é o Autor do Apocalipse) o Espírito Santo é simbolizado pelo rio da vida, o qual, desde esta Terra, já está jorrando na vida dos crentes e continuará por toda a eternidade (Jo 7:37-39; 3:5; 4:10-14; 1Jo 5:8-10; Apoc. 22:1, 2).

PERGUNTA Nº 15 – Por que Ellen White diz que o Consolador é o próprio Jesus? O texto do livro DTN, 644 (11ª. Ed, 1979), no qual diz que o Espírito Santo é “o mesmo” Jesus, foi adulterado?
Segundo a Bíblia, o Espírito Santo é outro Consolador. Basta ler João 14, 15, 16. No entanto, considerando a representação de Jesus pelo Espírito Santo podemos dizer que a presença do Espírito é a de Jesus. Isso mesmo se pode dizer do Pai, que era representado por Jesus quando do Seu ministério na Terra. O Espírito Santo, porém, não é a mesma Pessoa que Jesus Cristo, porque:
1. Jesus é levado ao deserto pelo Espírito. Não por Si mesmo.
2. Jesus é cheio do Espírito. Não cheio de Si mesmo.
3. O Espírito desce sobre Jesus. Não é Jesus quem desce sobre Si mesmo.
4. O Espírito Santo substitui a Cristo. Não é Cristo que substitui a Si mesmo.
5. O Espírito é outro. Jesus não é o outro de Si mesmo!
6. A blasfêmia contra Jesus será perdoada, mas contra o Espírito não será perdoada. Como pode Jesus ser o Espírito?
7. No mesmo capítulo 73 do DTN Ellen White declara que o Espírito é outro, sucessor e está para Jesus como Jesus está para o Pai. Jesus atua através do Espírito que vem para a Terra enquanto Jesus vai ao céu.
8. Ser representante é, biblicamente, estar no lugar da pessoa, disse Jesus: “Quem vê a mim vê ao Pai”. “Quem vos recebe, me recebe”. “Quem dá aos pobres dá a mim”. “Saulo por que me persegues?” (referindo-se à igreja).
9. Se você traduzir por Ele mesmo – terá que entender dentro do contexto do mesmo parágrafo em questão – que é Ele mesmo no sentido de sucessor e intermediário pois diz o parágrafo: ele opera pelo Espírito. Representação e não confusão de identidades!
10. As idéias de uma tradução e mesmo da redação dos escritos de EGW devem estar de acordo com o contexto bíblico e daquilo que ela mesma escreveu. A citação abaixo deixa claro mais uma vez que Jesus e o Espírito Santo são duas pessoas distintas com mediações diferentes:
“Cristo, nosso Mediador e o Espírito Santo estão constantemente intercedendo em favor do homem, mas o Espírito não pleiteia por nós como faz Cristo, que apresenta Seu sangue, derramado desde a fundação do mundo; o Espírito opera em nosso coração, extraindo dele orações e penitência, louvor e ações de graças. A gratidão que dimana de nossos lábios é resultado de tocar o Espírito as cordas da alma em santas memórias, despertando a música do coração.”

PERGUNTA Nº 16 – Por que o Espírito Santo não é mencionado na doação da lei no Sinai?
Como a Bíblia e o Espírito de Profecia deixam claro que o Espírito Santo é parte da Divindade e tem os atributos e prerrogativas divinas, toda ação de Deus é considerada como sendo dos três. Compare, por exemplo, Isa 6:9-10 (Jeová) com João 12:40-42 (Jesus) e Atos 28:25-27 (o Espírito Santo) nas quais os personagens são intercambiados. Além disso, a Bíblia TAMBÉM atribui a ao Espírito a doação da lei de Deus conforme as passagens seguintes:
1. “Endureceram o coração e não ouviram a Lei e as palavras que o SENHOR dos Exércitos tinha falado, pelo seu Espírito, por meio dos antigos profetas. Por isso o SENHOR dos Exércitos irou-se muito”. Zac. 7:12. (grifo nosso).
2. “O Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro ele diz: esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em sua mente e acrescenta: dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais” Heb 10:15-16.
Portanto, a lei foi dada também pelo Espírito Santo (Moisés foi profeta também, através de quem o Espírito Santo operou) e é Ele quem as escreve em nossos corações.
Pr. Gilson Medeiros - Distrito de Guarabira/PB