sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Doutrina da Trindade

PERGUNTA Nº 01 - Por que a maioria dos pioneiros não cria na doutrina da Trindade e por que esse assunto não foi totalmente revelado no princípio?
A resposta possui três aspectos pelo menos:
a) HAVIA, ENTRE OS PIONEIROS, DIFERENÇAS DOUTRINÁRIAS EM VÁRIOS ASSUNTOS.
A igreja ASD não foi o resultado de uma divisão de outra igreja que já possuía um corpo de doutrinas completo. Também não resultou de algum líder carismático e autoritário que determinou desde o início o que se devia acreditar, já fornecendo um corpo completo de doutrinas. Se assim fosse TODOS já iniciariam na Igreja Adventista do Sétimo Dia crendo a mesma coisa, sem divergências de pensamento. O Movimento Millerita, iniciado por William Miller, pregador BATISTA (que não fundou e nunca foi membro da IASD, morrendo nos arraiais batistas), foi logo seguido por pastores e membros de VÁRIAS denominações (metodistas, presbiterianos, Conexão Cristã, etc.). Antes que se dissolvesse (1844) como movimento que esperava a volta de Jesus para aquele ano, somente uma doutrina ocupava-lhes a mente: preparar-se para a volta do Senhor. Assim, ERA NATURAL que tivessem pontos de vista diferentes sobre a Trindade (e outros temas), pois procediam de igrejas com concepções distintas sobre essa doutrina. Por outro lado, como não havia, ainda, uma declaração de crenças, cada um deles mantinha opiniões pessoais diferentes sobre vários assuntos. Somente depois de décadas de estudo das Escrituras e oração várias doutrinas foram se tornando consenso e puderam ser consideradas crenças oficiais da igreja. Felizmente a história ASD não tem a marca do cisma religioso e nem do autoritarismo doutrinário. A doutrina amadureceu através dos anos em intensos encontros nos quais a participação, oração e estudo das Escrituras determinaram o seu corpo de doutrinas bíblicas. O que faria tanta gente com crenças tão diferentes permanecerem juntas buscando a união de pensamento e fé a não ser o Espírito Santo da comunhão? (II Cor. 13:13)
b) NOSSA BASE DOUTRINÁRIA NÃO É A CRENÇA TRAZIDA PELOS PIONEIROS DE SUAS IGREJAS DE ORIGEM.
Perguntar por que a maioria dos pioneiros não cria na Trindade dá a impressão que APENAS NESSE PONTO havia diversidade entre eles. Como já foi dito acima, a própria origem dos líderes da futura IASD (1863) fazia deles pessoas com VÁRIAS crenças diferentes. Se tivermos que questionar as doutrinas nas quais não havia harmonia COMO NO CASO DA TRINDADE, então nossa base já não seria mais a Bíblia e sim as doutrinas que os pioneiros trouxeram “na bagagem”. E qual grupo de pioneiros deveríamos seguir? Felizmente a Bíblia corrigiu e unificou as opiniões até que chegassem à unidade doutrinária. A pergunta correta seria: Por que tantas diferenças de opiniões sobre tantas doutrinas? A resposta já foi dada acima.
c) AS DOUTRINAS NA IASD LEVARAM ANOS AMADURECENDO – O MESMO OCORREU NO PASSADO COM A IGREJA PRIMITIVA.
Obviamente que por um processo de amadurecimento, discussão, estudo da Bíblia e oração a unidade doutrinária não ocorreria de uma hora para a outra tanto na teoria quanto na prática.
A Palavra de Deus em Provérbios 4:18 declara que:
“A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”

Exemplos de conhecimento progressivos tirados da história bíblica:
1. Circuncisão e justificação pela fé - Jesus morre no ano 34, mas questões como circuncisão e justificação pela fé somente se decide “oficialmente” no Concílio de Jerusalém no ano 50 AD (16 anos depois).
2. Pregação aos gentios - Jesus mandou pregar aos gentios (Mt 28:19) no ano 34, mas Pedro somente entendeu isso em Atos 10 (38 AD) e a Primeira Viagem Missionária de Paulo somente ocorre em Atos 13 no ano 45 AD.
3. A pessoa e obra do messias - Deus anunciou o Messias a Moisés (1440 AC), mas apenas se compreendeu melhor sua obra com Isaías (ca 770 AC?) e somente foi entendida por UMA PARTE do seu povo quase 800 anos depois com o próprio Jesus e depois de Jesus ainda não se entendia direito o que Paulo lutava por explicar: a salvação no nome de Jesus para Judeus e gentios.
4. O entendimento do livro de Daniel - O livro de Daniel foi dado ao povo de Deus, mas sua compreensão somente seria alcançada séculos depois. Deus deu a mensagem, mas ela estaria selada (Dan 12:9).
Assim, nem sempre as Escrituras são entendidas de imediato pelo seu povo. Pode levar tempo até que a mensagem alcance sua luz plena. Isso tudo não significa que Deus não esteja dirigindo sua igreja.
Exemplos de conhecimento progressivos tirados da história na IASD
1. Trindade – doutrina plenamente desenvolvida no conceito de Ellen White em 1892-1898.
2. Dízimo - progressivo entendimento também - recomendado e adotado em 1870.
3. Justificação pela fé – progressivo entendimento ainda em debate devido a “muitos pioneiros” que não entendiam e nem aceitavam como a ensinamos pelas Escrituras – plenamente aceita somente após 1888.
4. Organização da Igreja – somente aceita e consolidada em 1863.
Se tivéssemos de voltar a este “ensino de alguns pioneiros” a acusação de legalistas seria justa.
Isso nos mostra que nem sempre as idéias “originais” dos pioneiros e líderes, embora evangélicos de procedência, eram corretas. Eles mesmos mudaram quando perceberam seus erros aos quais alguns parecem querer retornar.
5. O mesmo se poderia dizer da Reforma de Saúde, guarda do Sábado, Dom Profético, inferno, etc. Nenhuma delas “apareceu” pronta. TODAS tiveram sua fase de desenvolvimento, amadurecimento e confirmação bíblica e apenas após DÉCADAS algumas se tornaram consenso. Assim, somente em 29 de dezembro de 1930 a igreja pôde VOTAR a primeira Declaração de Fé que foi publicada em 1931 no yearbook e no ano seguinte no Manual da Igreja. As declarações anteriores tinham sido de caráter particular.
Finalmente, cremos no ensino dos pioneiros, MAS QUANDO APOIADOS NA BÍBLIA, como é o caso da Trindade.
6. Algum descrente poderia perguntar: por que o Deus da Justificação pela fé não revelou essa doutrina logo? Por que o Deus do Sábado não a revelou logo? Por que ficaram séculos sem serem conhecidas por milhões de crentes? Onde estava o Deus da Temperança que não a revelou desde o começo? Por que tantos séculos sem que milhões tivessem a oportunidade de conhecer sobre saúde Sábado, lei de Deus, Justiça pela fé, Dom de profecia, etc., etc? Tais perguntas revelam a tendência de ver erro em como o Senhor age e desconhecimento de sua obra.
Acusar o não surgimento da doutrina da Trindade logo no início da igreja serve, para o descrente, para acusar todas as demais doutrinas.

PERGUNTA Nº 02 – Por que Ellen White nunca utilizou a palavra Trindade (Trinity), mas Godhead (divindade) em seus textos e livros, e mesmo assim os tradutores da CPB se sentiram livres para verter esse termo (Godhead) como “Trindade” no livro Evangelismo e outros? Não é esta uma clara comprovação da manipulação de textos supostamente inspirados a fim de favorecer uma doutrina não bíblica?
Nada há de manipulação pelas seguintes razões:
1. O que diz o dicionário - A palavra Godhead de acordo com o dicionário Webster significa: divindade, qualidade de Deus, e TAMBÉM se refere às três pessoas que compõem a divindade. Dois exemplos:
a) “Godhead. 1. divine nature and essence:DIVINITY; 2. a: GOD; b: The nature of God esp. as existing in three persons.”
b) Tradução: Godhead. 1. natureza divina e essência:DIVINDADE. 2. a: DEUS; b: A natureza de Deus especialmente como existindo em três pessoas.”
c) “Godhead. 1. The quality or state of being devine: DEITY (…). 2. a: GOD, DEITY. (…); b: The nature of God esp. when regarded as triune: TRINITY (The external relations within the Godhead itself) (…).”
Tradução: 1. A qualidade ou condição de ser divino: DEIDADE (...) 2. a: DEUS, DEIDADE. (...); b: A natureza de Deus especialmente quando considerado como triuno: TRINDADE (As relações externas dentro da própria Godhead)
O mesmo dicionário Webster, volume III, à página 2.446 no verbete “trinity” declara que trindade é a união de três pessoas numa só “godhead” (divindade), Portanto, a tradução como trindade está correta.
2. Apenas problema de tradução - Como já está claro pela própria pergunta, o aparente “erro” não está nos livros publicados pela igreja como demonstra o original em inglês, mas na tradução em português. Assim, o máximo que se poderia dizer, uma vez que a tradução para Trindade tem apoio do dicionário, é que o termo em português contempla mais de perto o contexto específico do que no inglês e não contradiz o pensamento mais amplo que se encontra nos livros de Ellen White. E se fosse erro? Problemas de tradução ocorrem em qualquer tradução, até mesmo ao traduzir a Bíblia.
3. A idéia do termo “trindade” está em Ellen White - A palavra Trindade é um termo teológico, mas que expressa perfeitamente o pensamento de Ellen White. É um termo criado para tentar expressar a idéia BÍBLICA de que Deus é apresentado como Pai, Filho e Espírito Santo. (Veja textos mais adiante). A IDÉIA/DOUTRINA é o que importa e ela encontra-se na Bíblia. O mesmo ocorre com o termo Milênio que não está na Bíblia, mas está o seu equivalente “mil anos” (Apoc. 20:1-2). Ellen White usa o equivalente a Trindade (trio, três, tríplice) e DEFENDE A IDÉIA de que a DIVINDADE (GODHEAD) é composta de TRÊS PESSOAS como veremos mais adiante, e é isso que importa, assim como a Bíblia, que apresenta também três pessoas numa mesma divindade.
4. Textos de Ellen White demonstram idéia de uma divindade em três pessoas (não são três e nem dois deuses) - Observe os textos em inglês sobre Deus em três pessoas e sua tradução em português:
a) “Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the Third Person of the Godhead, who would come with no modified energy, but in the fullness of divine power.”
Tradução: “Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Trindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder.”
Se há uma Terceira Pessoa na Divindade (com a plenitude do poder divino), o que é essa Divindade senão uma Trindade? A melhor tradução, neste parágrafo (de Godhead) que confere com o contexto, e tem o apoio do dicionário Webster, é Trindade.
b) “When you gave yourself to Christ, you made a pledge in the presence of the Father, the Son, and the Holy Spirit – the three great personal Dignitaries of heaven. ‘Hold fast’ to this pledge.”
Tradução: Quando você se entregou a Cristo você fez uma promessa na presença do Pai, do Filho e o Espírito Santo – os três grandes Dignitários pessoais do céu. ‘Sê fiel’ a essa promessa”. (grifo nosso)
Aqui NÃO HÁ ALTERNATIVA DE TRADUÇÃO. São TRÊS (THREE, em inglês) os dignitários do Céu; Eles são pessoas; Eles são o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Somente uma conclusão óbvia: Deus é uma Trindade.
c) “In the name of the Father, the Son, and the Holy Spirit, man is laid in his watery grave, buried with Christ in baptism, and raised from the water to live the new life of loyalty to God. The three great powers in heaven are witnesses; they are invisible but present.”
Tradução: “No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo o homem é colocado em sua sepultura líquida, sepultado com Cristo no batismo, e ressuscitado da água para viver a nova vida de lealdade a Deus. Os três grandes poderes no céu são testemunhas; eles estão invisíveis, mas presentes”. (grifo nosso).
São TRÊS os PODERES do céu igualmente grandes.
d) “The work is laid out before every soul that has acknowledged his faith in Jesus Christ by baptism, and has become a receiver of the pledge from the three persons – the Father, the Son, and the Holy Spirit”.
Tradução: “A obra é posta diante de cada alma que reconheceu sua fé em Jesus Cristo pelo batismo e se tornou um receptor da garantia que vem das três pessoas – o Pai, o Filho, e o Espírito Santo”. (grifo nosso). A promessa e garantia divina originam-se em TRÊS PESSOAS.
e) “Christ made baptism the entrance to His spiritual kingdom. He made this a positive condition with which all must comply who wish to be acknowledged as under the authority of the Father, the Son, and the Holy Ghost. Those who receive the ordination of baptism thereby make a public declaration that they have renounced the world, and have become members of the royal family, children of the heavenly king.”
Tradução: “Cristo tornou o batismo a entrada para Seu reino spiritual. Ele o tornou uma positiva condição com a qual devem concordar todos os que desejam ser reconhecidos como sob a autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Aqueles que recebem a ordenança do batismo fazem uma declaração pública de que renunciaram ao mundo e se tornaram membros da família real, filhos do rei celestial.” (grifo nosso). Há UM rei celestial que é apresentado como TRÊS pessoas que têm AUTORIDADE.
f) “Those who are baptized in the threefold name of the father, the Son, and the Holy Ghost, at the very entrance of their Christian life declare publicly that they have accepted the invitation, ‘Come out from among them, and be ye separate, saith the Lord, and touch not the unclean thing; and I will receive you, and will be a Father unto you, and ye shall be my sons and daughters, saith the Lord Almighty.”
Tradução: “Aqueles que são batizados no tríplice nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, no momento de sua entrada na vida cristã declara publicamete que aceitaram o convite, ‘Saí do meio deles, separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo; e Eu voz receberei, e serei um Pai para vós, e vós sereis meus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. (grifo nosso).
O Senhor Todo-poderoso (singular) é UM TRÍPLICE (plural) nome.
g) “The Father, the Son, and the Holy Ghost, powers infinite and omniscient, receive those who truly enter into covenant relation with God.”
Tradução: “O Pai, o Filho e o Espírito Santo, poderes infinitos e oniscientes, recebem aqueles que verdadeiramente entram em relações de concerto com Deus”. (grifo nosso).
Deus = Pai, Filho e Espírito Santo que são infinitos e oniscientes.

PERGUNTA Nº 03 – Por que a pessoa do Espírito Santo não estava presente na criação, mas somente o Pai e o Filho?
A pergunta está esquecendo várias passagens (bíblicas e de livros da igreja) e citando APENAS as que não mencionam o Espírito Santo como Criador. Quem busca onde a resposta não está é porque não sabe ou não quer achar. Vejamos alguns textos:
· Gênesis 1:2.
1. Diz o Comentário Bíblico Adventista “Espírito”, ruach. Em harmonia com o uso que a Escritura faz o Espírito de Deus é o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade. (...) [2] A palavra aqui traduzida ‘movia’ é merachephet, a qual não pode corretamente ser traduzida como ‘chocar’, embora tenha esse significado em siríaco e no dialeto aramaico pós-bíblico. A palavra ocorre mais duas vezes no AT. Ela aparece em Jeremias 23:9, onde tem o significado de ‘agitar’, ‘tremer’ ao passo que em Deuteronômio 32:11 ela é usada para descrever a agitação da águia sobre os seus filhotes. A águia não choca sobre os filhotes, mas plana vigilante e protetora sobre eles.”
2. Não era, portanto, um vento impessoal mas um Ser que velava para agir na criação. Também a descrição de Deus (Jeová) como uma águia que leva seu povo como filhotes é apresentado em Deuteronômio 32:11, 12.
· Jó 33:4 declara o que não está claro em Gênesis: “O Espírito de Deus me fez...” revelando a participação do Espírito Santo. O mesmo ocorre com Jesus que é apresentado como criador de forma mais clara e direta somente no NT.
· Salmo 104:30 “Envias o teu Espírito, eles são criados, e assim renovas a face da terra”.O Salmo está tratando de Deus como Criador e o Espírito é apresentado como o Agente dessa criação e seu mantenedor. Isso fica claro ao dizer que Ele também ‘renova’ a face da terra.
· Ezequiel 37:9 demonstra que o agente que ressuscita os mortos é o Espírito que mantém e concede vida aos homens. Não são os ‘espíritos’ mas um só que mantém a vida de muitos. Aqui se demonstra o poder criador ao declarar que o Espírito é quem é chamado para dar vida.
· Declarações da literatura da igreja:
“‘No princípio... Deus.’ Gên. 1:1. Aqui somente poderá o espírito, em suas ávidas interrogações, encontrar repouso, voando como a pomba para a arca. Acima, abaixo, além - habita o Amor infinito, criando todas as coisas para cumprirem o ‘desejo da Sua bondade’. II Tess. 1:11”.
‘As suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder como a Sua divindade, ... se vêem pelas coisas que estão criadas.’ Rom. 1:20. Mas o seu testemunho poderá ser compreendido apenas mediante o auxílio do Mestre divino. ‘Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.’ I Cor. 2:11.
‘Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade.’ João 16:13. Exclusivamente pelo auxílio daquele Espírito que no princípio ‘Se movia sobre a face das águas’ (Gên. 1:2), pelo auxílio daquela Palavra pela qual ‘todas as coisas foram feitas’ (João 1:3), e daquela ‘luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo’ (João 1:9), pode o testemunho da ciência ser corretamente interpretado. Apenas sob sua orientação se podem discernir suas mais profundas verdades.
Unicamente sob a direção do Onisciente, habilitar-nos-emos a meditar segundo os Seus pensamentos, no estudo de Suas obras.”
O que diz o texto acima? O Espírito que “pairava sobre as águas” em Gênesis 1:2 é uma pessoa, o Espírito Santo que Jesus menciona em João 16:13 como Seu SUBSTITUTO. Não é um vento ou energia impessoal. Não são a mesma pessoa. O texto diz também que a ciência a respeito da criação somente pode ser interpretada corretamente com a ajuda de dois personagens: O Espírito Santo (que se movia sobre as águas e que é o mesmo de João 16:13) e (outro personagem) Jesus (a Palavra pela qual todas as coisas foram feitas e a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo). “Apenas sob sua [their em inglês, ou seja, os dois personagens citados] se pode discernir suas mais profundas verdades”. Curiosamente a citação final declara que ELES (o Espírito e Jesus) são dois, mas são tratados como o ONISCIENTE. Declarando a onisciência do Espírito Santo, que Ele não é Jesus e de quebra indicando a unidade de ambos numa só Divindade onisciente.
Portanto o Espírito Santo é Criador, pessoal, não é Jesus, mas com Cristo faz parte da Divindade onisciente.

PERGUNTA Nº 04 – Por que Jesus não disse: “Eu, o Pai e o Espírito Santo somos um?
a) Por que o capítulo está tratando de um debate entre Jesus e os Judeus sobre se Ele era o Messias. Não se tratava das pessoas da Divindade, mas se Jesus era ou não enviado pelo Pai. A passagem mencionada está no evangelho de João capítulo 10:30.
b) Se desejar saber a natureza e missão do Espírito Santo os capítulos são outros: 14, 15, 16. Neles se declara que o Espírito Santo é ‘outro’ Consolador (outro=gr. Allos=outro igual, da mesma natureza), ali ele é chamado de Ele, Aquele (gr. Ekeinos=pronome PESSOAL, MASCULINO, SINGULAR); é dito que Sua obra seria mais ampla (todo mundo), profunda (dentro de vós) e por mais tempo (para sempre) do que a de Jesus. O Espírito seria mais conveniente do que o próprio Mestre (convém-vos que eu vá; convém=gr. Sunferei=vantajoso, lucrativo).
c) Cristo veio glorificar o Pai e o Espírito veio glorificar a Cristo. Portanto, igual a Cristo que é igual a Deus.
d) É, no mínimo, ingênuo perguntar por que Deus não disse isso ou aquilo aqui neste texto. Devemos é aceitar o que Ele diz não importa em que parte da Bíblia está. Além disso, alguém diria: - Por que o nome de Deus não é mencionado no livro de Ester? Será que o autor não cria em Deus? Isso é mera especulação. Mas o descrente diria mostre-me o nome Jesus no AT e Jeová no livro de Ester que eu creio. Esse não quer crer e procura a verdade que precisa nos lugares onde sabe ela não está e despreza tantos outros lugares onde ela está. “Buscai, e achareis...”. Para saber a unidade do Espírito Santo com o Pai e o Filho basta ler as passagens onde os três aparecem juntos e sendo colocados como os mesmos atributos (qualidades) e prerrogativas (direitos).

PERGUNTA Nº 05 – É verdade que a Bíblia não diz que a nossa comunhão é com o Pai e o Filho?
Sim, mas TAMBÉM diz que é com e através do Espírito Santo. Sem o Espírito nós nem teríamos comunhão com o Pai e nem com o Filho. Nós nem saberíamos que temos comunhão com Deus se não fosse o Espírito, que veio substituir Jesus ao este ascender ao Céu.
a) “E nisto conhecemos que ele [Deus] permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”.I João 3:24. (grifo nosso).
b) “Nisto conhecemos que permanecemos nele [Deus], e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito”. I João 4:13. (grifo nosso).
c) “A graça do Senhor [1] Jesus Cristo, e o amor de [2] Deus, e a COMUNHÃO do [3] Espírito Santo sejam com todos vós.” II Cor. 13:13. (grifo, maiúsculas e numeração nossos).
Portanto a nossa comunhão é com as três pessoas da Trindade e sem o Espírito Santo não há e nem reconhecemos tal comunhão. O Espírito Santo é a pessoa da Trindade que efetua, a comunhão com o Pai e o Filho. Na prática é Ele que habita em nós para efetivar a comunhão. I Cor. 3:16 e 6:19.

PERGUNTA Nº 06 – Por que a Bíblia diz que Jesus Cristo soprou sobre Seus discípulos o Espírito Santo em João 20:22? O Espírito pode ser soprado?
É um símbolo como outros que são usados para o Pai, Jesus, os anjos e a igreja. Exemplos:
a) Deus é “fogo”, “espírito” (no orignal também = vento, ar); Deus é “luz” ; Jeová é derramado como “orvalho” e “chuva” (Osé 6:3) etc. Jesus: é “luz”, porta, videira, água, etc. Anjos: fogo, vento, estrela. JESUS É UM DOM DE DEUS SEM QUE ELE DEIXE DE SER UMA PESSOA.
b) O Espírito somente viria quando Jesus fosse ao céu e não num sopro.
c) O Espírito não foi o sopro de Jesus, mas um símbolo para animá-los. A promessa simbolizada pelo assoprar somente se cumpriu no Pentecostes que acontecia cinqüenta dias após a Páscoa, ocasião da morte de Jesus. Atos 1:4 e 2:1-4.
Portanto, por se tratar de um símbolo, o sopro não era o Espírito assim como Jeová não é a chuva e nem Jesus é água, mesmo porque o Espírito não veio na hora do sopro. Ele somente viria quando o Salvador subisse ao céu.

PERGUNTA Nº 07 – No batismo de Jesus, por que Ellen White não se referiu à pessoa do Espírito Santo na pomba que desceu sobre Jesus, conforme o livro Temperança, página 284?
Talvez não se tenha notado NO MESMO LIVRO, página 274 a seguinte citação:
“Quando Cristo começou Seu ministério, curvou-Se nas margens do Jordão, e dirigiu ao Céu uma petição em favor da raça humana. Ele fora batizado por João, e os céus se abriram, o Espírito de Deus, em forma de pomba, circuncidou-O, e ouviu-se do Céu uma voz que dizia: ‘Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo.’ Mateus 17:5”. (grifo nosso)
Pode-se ler Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 227. Entretanto, o mais importante é que A BÍBLIA já identifica, antes de Ellen White, que a pomba no batismo de Jesus é o Espírito Santo (Mat. 3:16; Mar. 1:10). Outras informações ou significados que possamos achar NÃO ANULAM o significado dado pela Bíblia!

PERGUNTA Nº 08 – Se o Espírito Santo é uma Pessoa, como Ellen White diz que foi a glória de Deus que veio sobre Jesus no batismo?
a) São declarações complementares: O Espírito Santo vem e Ele é (ou traz) a glória de Deus.
b) Ser glória não tira a personalidade do Espírito, como não tira a de Deus, de Cristo ou de seres humanos, conforme abaixo:
o Deus é a glória de Israel. I Sam. 15:29.
o Deus é a glória de Jacó. Salmo 47:4.
o Deus é a glória do que anda na Sua presença. Salmo 89:17.
o Deus é a glória de Jerusalém. Zac. 2:5.
o Jesus é o resplendor da glória de Deus. Heb. 1:3.
o Os pais são a glória dos filhos. Prov. 17:6.
o O homem é a glória de Deus. I Cor. 11:7.
o Os apóstolos eram glória da igreja. II Cor. 1:14. etc.
Portanto, Deus é a glória do povo e este a glória de Deus, e o Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade é, como Jesus, a glória de Deus, e não deixa de ser uma Pessoa por isso.

PERGUNTA Nº 09 –Por que os apóstolos não solicitavam que os novos conversos cressem e fossem batizados em nome da Trindade?
a) JESUS foi quem mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, devemos, portanto, obedecer ao Salvador.
b) Os apóstolos cobravam daqueles que não conheciam a Trindade o seu conhecimento como foi o caso dos efésios. Precisavam saber que o Espírito Santo EXISTIA e que Ele podia OPERAR na vida deles. Eles conheciam a Deus Pai e a Jesus, mas não o Espírito. Além disso, não eram batizados no nome de Jesus. Atos 19:1-6.

PERGUNTA Nº 10 – Por que o livro de Atos apresenta outra fórmula batismal, somente em o nome de Jesus, diferente da de Mateus? Qual razão para isso?
Não parece ser uma outra fórmula batismal, apenas um complemento, pelas seguintes razões:
1) De acordo com o Theological Dictionary of the New Testament, o batismo judaico que foi praticado por João Batista era feito para arrependimento dos pecado “no Nome” (ou seja, no nome de Jeová). Os judeus não estranharam o ritual praticado por João Batista, apenas queriam saber “com que autoridade” ele batizava. João os reportou à fórmula judaica citando a autoridade: “Aquele” que me enviou... Os judeus já batizavam, mas por causa do respeito que tinham ao nome de Deus, o qual evitavam pronunciar, referiam-se no batismo ao “Nome” de Jeová. Os primeiros discípulos foram batizados “no Nome” (Lo Shem) esperando o messias anunciado por João Batista. Mas seu batismo não incluía a revelação do Messias como sendo Cristo Jesus, daí os que foram batizados no batismo judaico ministrado por João deveriam ampliar sua confissão de fé através de um batismo ou confissão complementar pelo qual davam testemunho de terem aceitado a Jesus como Salvador. (conf. Rom 10:9 e I Cor. 12:3).
2) Assim não era uma fórmula nova, mas apenas um complemento necessário na confissão de judeus e prosélitos e demonstrava que a igreja ainda não chegara à uniformidade doutrinária em alguns pontos como ocorria com o batismo, as carnes sacrificadas aos ídolos e sufocadas e o conhecimento da existência e batismo no Espírito Santo, justificação pela fé, etc. Note que apenas judeus e prosélitos é que foram batizados ou rebatizados em nome de Jesus. Esse complemento, até onde se possa verificar no texto bíblico, não foi usado para gentios pagãos.
3) Para ser uma fórmula de batismo e ser seguida sem distorções, seria necessário que os termos ou as palavras da fórmula fossem os mesmos, mas isso não acontece. A Bíblia apenas diz que os que já tinham sido batizados por João deveriam, agora, aceitar a Jesus.
Perceba a diferença do enunciado: a) Atos 2:38 e 10:48 “no nome de Cristo” e b) Atos 8:16 e 19:5 “em nome do Senhor Jesus”. Se fosse tomada como fórmula seriam mais duas diferentes.
4) O significado de “em nome de” (ónoma) é “revelação” e “pessoa”, “em consideração a” (TDNT) isto é, agora os judeus e os prosélitos, deviam incluir a pessoa e a revelação de Jesus em sua experiência cristã invocando o nome de Jesus (pessoa e revelação) Atos 15:17. Não na autoridade, mas na revelação de Jesus. Atos 2:36.
5) Tratava-se também de uma profecia de que o nome do Messias deveria ser incluído na experiência dos judeus e dos que já invocavam o seu nome (prosélitos). Atos 15:16 e 17 (veja o caso de Paulo em Atos 22:16)
6) Já em Mat. 28:19 a fórmula é universal “para todas as nações” as quais necessitavam reconhecer o Pai, o Filho e o Espírito Santo e que ainda não professavam a verdade.
Desse modo a fórmula batismal de Mateus é a única completa e universal e o que se encontra em Atos é o testemunho necessário para a casa de Davi que, tendo caído, devia ser levantada pela aceitação do Messias, Jesus Cristo.
7) Alguns tentam dar a impressão de que a fórmula batismal de Mateus é a única sustentação para a doutrina da Trindade e que esta não seria por isso autêntica. Mas a passagem de Mateus 28:19 está contida nos manuscritos antigos da Bíblia, alguns, entretanto, não querem aceitá-la devido a mencionar a Trindade, porém, a Divindade é apresentada em outras passagens da Bíblia em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo o que combina com a fórmula batismal de Mateus. O nome de Jesus em Atos era um complemento até que toda a igreja fosse uniformizada doutrinariamente tendo a Jesus reconhecido como o Messias e Cristo, Senhor de judeus e gentios.

PERGUNTA Nº 11 – O fato de o Espírito Santo ser um dom não significa que Ele não é uma pessoa?
De forma alguma. Jesus é TAMBÉM um dom de Deus concedido a nós. A palavra dom significa doação, dádiva, presente. Jesus é o maior dom de Deus ao mundo. João 3:16. Desejado de todas as nações, 565 (538 na edição antiga); Mente, caráter e personalidade, 401; Meditações Matinais, 1983, 195.

PERGUNTA Nº 12 – Por que a Bíblia em Atos 1:5 fala em batizar com Espírito Santo em vez de pelo Espírito Santo? Por que receberiam poder e não um novo comandante espiritual?
a. A palavra com ( gr. en = pode significar com, através e no). Atos 1:5 diz: en pneumati =por, através, no Espírito.
b. O exemplo seguinte (entre muitos outros) do uso da palavra ajudará a esclarecer: Jesus diz que não expulsava demônios por belzebu (en belzeboul) Mat. 12:27. Jesus disse: “...eu expulso demônios pelo Espírito de Deus...” (en pneumati Teou) Mat. 12:28. A mesma palavra de Atos 1:5 com o significado de por (v.27) e pelo (v. 28).
c. O símbolo do batismo é lavagem espiritual, sepultamento do velho ser humano. Assim, o batismo é operado pelo Espírito e no Espírito (I Cor. 12:13) que nos transforma. Mais ainda, como Jesus é quem envia o Espírito para substituí-lo é correto dizer também que Jesus batiza-nos com o Espírito. A palavra não desqualifica, de forma alguma, a personalidade do Espírito.
d. Voltamos a tocar nos simbolismos: Nós bebemos de Cristo (ICor. 10:4); bebemos do Espírito (ICor. 12:13); Somos revestidos de Cristo (Rom. 13:14); revestidos de poder (Luc. 24:49); Batizados em Cristo e revestidos de Cristo (Gál. 3:27). Será que Cristo não é uma pessoa pelo fato de a Bíblia dizer que o bebemos, nos revestimos dele e nele também fomos batizados? Assim o Espírito é uma pessoa na qual, pela qual e através da qual nossa conversão ocorre (batismo espiritual que a água apenas simboliza).
e. O livro de Atos mostra claramente que o comandante das ações da igreja após o Pentecostes é o Espírito Santo. Basta ler o livro de Atos do Apóstolos que, alguém declarou, deveria ser chamado, mais corretamente, de Atos do Espírito Santo. Já a passagem em português deixa mais do que claro que o Espírito ao vir traria poder. Ele traz poder. Diz o texto: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas...” (Atos 1:8). Esse é o novo Consolador da igreja que estaria para sempre conosco, sua presença nos dá poder. Jesus, humano, foi ungido com o Espírito Santo e com poder. (Atos 10:38). O Espírito não é o poder impessoal. Sua presença, já que é uma pessoa da Trindade, nos dá poder.
Portanto, batizados pelo, no e com o Espírito Santo, recebemos poder que Ele fornece a todos os que por Ele são guiados.

PERGUNTA Nº 13 – A salvação é obra do Espírito Santo também?
Sim. Jesus e o Espírito Santo fazem a MESMA obra de salvação no crente.
1. Jesus se oferece a Deus pelo Espírito eterno. Heb. 9:14.
2. O Espírito dá vida. Jo. 6:63.
3. Ninguém pode entrar no reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Jô. 3:5.
4. Só quem é guiado pelo Espírito de Deus é filho de Deus. Rom. 8:14
5. “Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus”.I Cor. 6:11
6. Do Espírito é que se colhe a vida eterna. Gal. 6:8.
o O sacrifício pelo homem foi feito por Jesus, mas este sacrifício somente chega a Deus através do Espírito Santo.
o No entanto, o Espírito dá VIDA; somente pela sua obra se entra no REINO DE DEUS; somente quem Ele guia é FILHO DE DEUS; Ele faz a mesma obra que Jesus ao LAVAR, SANTIFICAR, JUSTIFICAR.
o Dele é que se colhe a VIDA ETERNA.
Algumas vezes a Bíblia diz que a vida eterna vem de Deus, outras de Jesus e outras do Espírito Santo. Mas nem sempre a Bíblia usa frases iguais para dar a mesma mensagem e nem sempre diz a mesma coisa no mesmo texto. A Bíblia diz que, assim como Deus e Jesus, o Espírito Santo dá vida eterna, santifica, justifica, nos faz filhos de Deus e somente por meio dele entramos no reino de Deus. Portanto ao Espírito Santo pertence, também, a salvação.

PERGUNTA Nº 14 – Por que na cidade santa o apóstolo vê apenas o trono de Deus e do Cordeiro? E o trono do Espírito Santo?
1. Porque o tema do Apocalipse é Cristo e sua obra redentora. A ênfase é Sua vitória e entronização e não a obra do Espírito Santo. Outros exemplos: O tema de Rute, Ester, Cantares e outros não é explicitamente o Messias e nem a divindade de Jeová, portanto não se deve procurar um assunto quando não é esse o tema de um livro. O Apocalipse não trata da entronização do Espírito Santo daí não se preocupar com o tema.
2. Declara-se do Espírito Santo que ele habita com e nos crentes para sempre, como já vimos em Jo 14:16, 17 e que o nosso corpo é seu templo individual (1Co 6:19). Isso requer onipresença, para viver em cada crente simultaneamente, sempre, até que Jesus volte. Tal poder nem Gabriel e nem todos os anjos juntos possuem. Aliás, a Bíblia não informa que os anjos de Deus moram dentro dos homens. Eles, embora residam no céu, “acampam” ao “redor” dos que temem a Deus e os livram (Sl 34:7).
3. Além disso, não poderia a presença de um simples anjo ser mais “conveniente” (gr. sumferei = vantajoso, lucrativo, Jo 16:7) do que a do próprio Jesus. Como não poderia um anjo ser igualado a Jesus quando ele disse que enviaria “outro” (gr. Allos = outro igual) Consolador. O texto fala de alguém “igual” a Jesus, o Espírito Santo, que viria para substituí-Lo.
4. Retornando à declaração bíblica de que o nosso corpo (individualmente) é “templo” (gr. naós) do Espírito Santo (I Co 6:19) e que “nós” (coletivamente como igreja) somos Seu “templo” (gr. naós). É importante notar que a palavra usada para templo em ambos os casos não é a palavra grega hieron que se referia a todo o complexo do templo. Embora às vezes usadas como sinônimos, naós (1Co 3:16; 6:19) é a palavra preferida para referir-se ao lugar santíssimo do templo de Israel, o lugar da presença de Deus. Essa palavra, mesmo entre os pagãos, referia-se ao lugar onde se localizava pessoalmente a divindade. A palavra “habitar” (gr. oikei) significa “residência fixa”, “permanência”. Conforme declara Leon Morris:
Evidentemente [Paulo] via o Espírito como divino no sentido mais completo. O “templo” ou santuário é o lugar onde Deus habita. Essa é Sua característica distintiva. Mas o Ser que habita neste santuário é o Espírito.
5. Obviamente não teria sentido um santuário para anjos, o que seria idolatria.
· Anjos e homens podem estar no santuário, mas não têm santuário para eles.
· Mais absurdo ainda é um santuário para uma energia impessoal, o que lembra a “adoração” do caos pagão ou do acaso materialista.
· De qualquer forma a palavra para o santuário de Deus referido em 1Co 3:16 é a mesma do capítulo 6:19, referindo-se a um lugar onde uma divindade está e é adorada e, especificamente ao “santo dos santos” do santuário israelita, onde a presença de Deus se manifestava.
· Ou seja, o Espírito Santo que não pode ser confundido com o próprio Deus Pai, pois vem “da parte de Deus” (6:19), é apresentado como Alguém que têm em nós um santuário, lugar de adoração, prerrogativa exclusiva da divindade e, portanto, não pode ser um anjo criado, como crêem alguns.
Portanto, não apenas devido ao tema específico do Apocalipse como ao fato do Espírito Santo ter o Seu Santuário (o Santíssimo) em nós (para sempre) é que Ele não aparece sendo entronizado no céu. Seu trono é, para sempre, no coração dos crentes. Dentro do contexto do livro de João (que também é o Autor do Apocalipse) o Espírito Santo é simbolizado pelo rio da vida, o qual, desde esta Terra, já está jorrando na vida dos crentes e continuará por toda a eternidade (Jo 7:37-39; 3:5; 4:10-14; 1Jo 5:8-10; Apoc. 22:1, 2).

PERGUNTA Nº 15 – Por que Ellen White diz que o Consolador é o próprio Jesus? O texto do livro DTN, 644 (11ª. Ed, 1979), no qual diz que o Espírito Santo é “o mesmo” Jesus, foi adulterado?
Segundo a Bíblia, o Espírito Santo é outro Consolador. Basta ler João 14, 15, 16. No entanto, considerando a representação de Jesus pelo Espírito Santo podemos dizer que a presença do Espírito é a de Jesus. Isso mesmo se pode dizer do Pai, que era representado por Jesus quando do Seu ministério na Terra. O Espírito Santo, porém, não é a mesma Pessoa que Jesus Cristo, porque:
1. Jesus é levado ao deserto pelo Espírito. Não por Si mesmo.
2. Jesus é cheio do Espírito. Não cheio de Si mesmo.
3. O Espírito desce sobre Jesus. Não é Jesus quem desce sobre Si mesmo.
4. O Espírito Santo substitui a Cristo. Não é Cristo que substitui a Si mesmo.
5. O Espírito é outro. Jesus não é o outro de Si mesmo!
6. A blasfêmia contra Jesus será perdoada, mas contra o Espírito não será perdoada. Como pode Jesus ser o Espírito?
7. No mesmo capítulo 73 do DTN Ellen White declara que o Espírito é outro, sucessor e está para Jesus como Jesus está para o Pai. Jesus atua através do Espírito que vem para a Terra enquanto Jesus vai ao céu.
8. Ser representante é, biblicamente, estar no lugar da pessoa, disse Jesus: “Quem vê a mim vê ao Pai”. “Quem vos recebe, me recebe”. “Quem dá aos pobres dá a mim”. “Saulo por que me persegues?” (referindo-se à igreja).
9. Se você traduzir por Ele mesmo – terá que entender dentro do contexto do mesmo parágrafo em questão – que é Ele mesmo no sentido de sucessor e intermediário pois diz o parágrafo: ele opera pelo Espírito. Representação e não confusão de identidades!
10. As idéias de uma tradução e mesmo da redação dos escritos de EGW devem estar de acordo com o contexto bíblico e daquilo que ela mesma escreveu. A citação abaixo deixa claro mais uma vez que Jesus e o Espírito Santo são duas pessoas distintas com mediações diferentes:
“Cristo, nosso Mediador e o Espírito Santo estão constantemente intercedendo em favor do homem, mas o Espírito não pleiteia por nós como faz Cristo, que apresenta Seu sangue, derramado desde a fundação do mundo; o Espírito opera em nosso coração, extraindo dele orações e penitência, louvor e ações de graças. A gratidão que dimana de nossos lábios é resultado de tocar o Espírito as cordas da alma em santas memórias, despertando a música do coração.”

PERGUNTA Nº 16 – Por que o Espírito Santo não é mencionado na doação da lei no Sinai?
Como a Bíblia e o Espírito de Profecia deixam claro que o Espírito Santo é parte da Divindade e tem os atributos e prerrogativas divinas, toda ação de Deus é considerada como sendo dos três. Compare, por exemplo, Isa 6:9-10 (Jeová) com João 12:40-42 (Jesus) e Atos 28:25-27 (o Espírito Santo) nas quais os personagens são intercambiados. Além disso, a Bíblia TAMBÉM atribui a ao Espírito a doação da lei de Deus conforme as passagens seguintes:
1. “Endureceram o coração e não ouviram a Lei e as palavras que o SENHOR dos Exércitos tinha falado, pelo seu Espírito, por meio dos antigos profetas. Por isso o SENHOR dos Exércitos irou-se muito”. Zac. 7:12. (grifo nosso).
2. “O Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro ele diz: esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em sua mente e acrescenta: dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais” Heb 10:15-16.
Portanto, a lei foi dada também pelo Espírito Santo (Moisés foi profeta também, através de quem o Espírito Santo operou) e é Ele quem as escreve em nossos corações.
Pr. Gilson Medeiros - Distrito de Guarabira/PB

DEUS e ESPORTES




POR ALEX BRYAN
Tradução: Henry Douglas Schenfeld Pereira
“Deus se preocupa com um jogo de futebol? É claro que sim. Ele ama tanto as pessoas que se preocupa com tudo e qualquer coisa que elas façam.” — Kurt Warner, arremessador MVP do St. Louis Rams1
“Futebol e religião não caminham juntos.” — John Riggins, ex- MVP voltando do New York Jets e Washington Redskins2
odemos dizer com autoridade espiritual (e parafraseando) que “ninguém pode servir a dois senhores : ou ele odiará um, e amará o outro, ou ele será devoto a um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e aos esportes” (veja Mateus 6:24)?
Os frutos do Espírito—amor, alegria, paz, paciência, generosidade, bondade, fidelidade, gentileza e domínio próprio—ajusta-se com saques, batidas, mergulhos e golpes?
O que pensamos quando destacados Cristãos parecem ser altamente conhecidos como fãs de esportes? “Vocês não sabem que numa corrida todos os corredores correm” (1 Cor. 9:24, NIV) e “correm . . . pelo prêmio” (verso 24, NIV) e “treinamento físico é de algum valor” (1 Tim. 4:8, NIV) e “atletas exercitam-se” (1 Cor. 9:25, NRSV)? Posso me alegrar com Jesus Cristo no Sábado e condescender com jogos no Domingo?
Tenho ouvido proponentes e oponentes dos esportes ao longo dos anos. Muitos vivem em função dos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais; ou eles simplesmente desejam que a temporada nunca termine. Outros (que não tem a mínima idéia sobre o que a última sentença significa) não se preocupam com isso. E alguns acreditam completamente que esporte competitivo é pecado. Não importa qual a perspectiva de alguém sobre este vasto e contínuo assunto, acabei ouvindo três “verdades” gerais sobre esportes de acordo com quase todos. Vamos examina-las.

1. Esportes entretêm a mente de questões mais importantes. Poucos descordariam com esta “verdade.” Os amantes dos esportes discordam, “Os esportes ajudam-me a manter minha mente livre do stress da vida. Eles são uma boa maneira para me relaxar, divertir, recrear e para equilibrar os desafios difíceis de uma vida cheia de atividades.” O crítico de esportes competitivos opõe-se, “Sim, esportes tiram sua mente de importantes questões da vida. Os esportes distraem homens e mulheres de lidarem com os importantes assuntos espirituais e relacionais para o qual Deus nos chama para prestar atenção de perto e continuamente.” A menos que você esteja no negócio dos esportes, está bastante claro que esportes tiram sua mente de problemas mais importantes—trabalho, pagar contas, religião, relacionamentos e assim por diante...
Primeiro, para o argumento dos amantes de esportes, recreação e diversão: é claro que Jesus nunca planejou que homens e mulheres estivessem em constante e incessante atividade. Ele disse aos seus discípulos, “Venham ... e descansem por enquanto” (Marcos 6:31, NRSV); e “Vamos examinar o outro lado do lago” (Lucas 8:22, NIV). O que me impressiona sobre Jesus é sua diminuição de esforços de trabalho e ministério. Ele limitou seu trabalho para apenas 12 discípulos e poucos amigos íntimos. Ele focalizou seu trabalho apenas sobre o povo Judeu, enquanto havia um mundo inteiro de nações para salvar. Ele tomou tempo para comer e brincar com crianças. Aqueles que seguiram a Jesus descobriram o que C. S. Lewis reconheceu em sua famosa observação “Alegria é o negócio sério do Céu.”
Algumas de minhas memórias mais afetuosas são de assistir jogos de futebol com meus irmãos, chamando meu pai à meia-noite no colégio no nono turno para celebrar uns bravos de vitória juntos. Sobrevivi ao alívio do stress com o basquetebol na faculdade, ensino secundário, e pós-graduação. Jogar tênis com meu amigo David, agora me mantém em forma.
É difícil acreditar que Jesus rejeitaria completamente a alegria de participantes e espectadores de esportes. Cristãos que sentem a falta do valor e a ordem de Jesus não tão subjetiva “Divirtam-se!”, são freqüentemente pessoas que não se parecem com o Deus brincalhão a quem servimos.
Por outro lado, os esportes podem ser uma distração excessivamente evasiva. Aqui os críticos fazem uma observação importante. Quando a ESPN é uma rede de programação 24 horas em seu lar, alguma coisa está errada. Deveríamos nos preocupar com cristãos que reclamam do trabalho e de um cansaço tão grande que não podem servir o pobre, freqüentar reuniões de oração, adorar regularmente no fim de semana, ou gastar tempo com a esposa, pais, filhos, ou amigos – enquanto isso assistem, falam, freqüentam, e lêem sobre esportes todo o tempo. Deveríamos nos preocupar quando um seguidor de Cristo é uma verdadeira enciclopédia atlética, mas não sabe explicar o ensino de Cristo no sermão da montanha. Deveríamos nos preocupar quando os discípulos dos esportes não estão totalmente engajados na vida abundante que Deus tem em mente para eles. Deveríamos nos preocupar se isso nos descreve.
Recompilação de documentos orientadores pelo Centro E.G.White da Univ. Adv. Del Plata - Espanhol
* Recreação e Diversão.* Declaração por Artur L. White, secretario do Ellen G. White Estate. * Compilação de escritos de E.G.W.* Esportes em Instituições Educacionais Adventistas
Isto pode parecer meio fora-de-moda. . . , mas acredito que é verdade. Se a maioria dos cristãos tomassem metade do tempo que eles gastam assistindo esportes na televisão e investissem na família, comunidade, serviço para a igreja, estudo bíblico, e oração, suas igrejas se tornariam lugares espiritualmente radicais. Imagine o que três horas de oração no Domingo à tarde fariam por um grupo de homens tementes a Deus (ainda mais se deixassem os jogos das quartas e feriados!). Imagine como se poderia revolucionar um casamento, se semanalmente, ao invés de assistir ao jogo houvesse um “namoro noturno” do casal. Imagine se o mês de campeonato fosse usado como um mês de voluntariado intencional para os pobres. Tomando um investimento de grande tempo longe dos esportes e colocando-o em atividades cuja conta realmente seria extraordinária.
Saúde espiritual requer uma posição em algum lugar entre a abstinência e a obsessão. Diversão é uma boa coisa de tempos em tempos. Distração permanente é fatal. O escritor de Eclesiastes escreve, “Há . . . um tempo para chorar e um tempo para rir” (Ecl. 3:1-4) e “Não seja justo em demasia” (Ecl. 7:16). Algumas vezes seriedade e trabalho são santos. Algumas vezes rir e brincar são santos. Santidade é equilíbrio.

2. Esportes são competitivos.
Os desportistas afirmam, “Os esportes ensinam-me como competir com energia e integridade no mundo real.” Os caluniadores dos esportes opõe-se, “Esportes são competitivos demais e não têm lugar na mente ou coração de um cristão.” Destes, poucos discordariam: esportes são competitivos.
A história é contada sobre um treinador que arrastou para fora um de seus jovens jogadores de uma pequena liga durante o jogo. “Você entende o que é cooperação? O que é um time?” O pequeno garoto fez sinal com a cabeça que sabia. “Você entende que o problema é que se ganhamos será como um time? O pequeno garoto inclinou a cabeça afirmativamente. “Então,” o treinador continuou, “quando o árbitro apita ou você perde o lance, você não discute ou pragueja ou ataca o juiz. Você entende tudo isso?” Novamente o pequeno garoto inclinou-se. “Bom,” disse o técnico. “Agora vá lá e explique para sua mãe.
Alguma coisa está errada quando a pessoa “madura” é alguém incapaz de manter sua moderação. Alguma coisa está errada quando a “criança” tem uma melhor compreensão sobre jogo do que o então chamado adulto. A Bíblia indica que cristãos deveriam se tornar maduros para que possam ajudar aos descrentes— os menos maduros— a entender a que uma verdadeira vida de adulto se assemelha.
É desanimador na melhor das hipóteses e embarassador na pior assistir um cristão perder sua calma no campo. Um amigo que aludiu a esportes internos na Universidade de Andrews muitos anos atrás me contou que alguns dos estudantes do seminário que participaram tinham a pior das atitudes. “Eles conheciam a lei de Deus, então eles obviamente acreditaram que eles conheciam as regras de basquetebol, as regras de futebol, e a regra do softball. Eles discutiam e se queixavam constantemente.” Tenho um amigo (e proeminente líder cristão) que perde sua calma toda vez que ele joga um esporte. Linguagem indecorosa, gritaria e conversa ralé são ocorrências regulares. Muitos Cristãos ganham ofensivamente e perdem amargamente. A competição tem uma maneira de apresentar cores verdadeiras das pessoas.
Há um problema, contudo, em rejeitar esportes totalmente porque eles são competitivos. Se rejeitarmos alguma coisa porque ela é competitiva, não fazemos muito. O Namoro é construído numa competição. O mercado de trabalho em qualquer carreira, incluindo a ministerial, é intensamente competitivo. A entrada no ensino secundário e universidades é competitiva. A Bolsa de valores é competitiva. Igrejas devem competir pela atenção e compromisso das pessoas. Conheço mulheres que não suportam a natureza competitiva dos esportes, mas que se comparam e se contrastam com outras mulheres (principalmente através de fofoca) todo o tempo. Conheço homens que apresentam uma linguagem agressiva contra a natureza competitiva de esportes e que são cruéis no trabalho. (O capitalismo é por definição competitivo.) O paradigma da não-competição não funciona.3
A resposta correta, não importa qual o tipo de competição, é ser um bom esporte. Ganhar e perder são fatos da vida que não mudarão neste lado do céu. Ser um cristão maduro requer maturidade em vitória ou derrota. Ser um cristão maduro requer jogar dentro das regras e tratar os “oponentes” com respeito. Em esportes, maturidade é observar que é apenas um jogo. É chamar de injusto você próprio, celebrar o sucesso do outro time, jogando duro sem jogar sujo, contar um arremesso sem apontar a bola na face do seu oponente.
Os esportes podem nos ensinar muito sobre ganhar e perder. Os pais de times infantis que levam seus filhos para tomar sorvete juntos—ganhando ou perdendo—ensinam uma valiosa lição sobre prioridades. O adolescente que perde por causa de uma má advertência por um treinador, mas escolhe perder com graça, aprende uma lição valiosa sobre como lidar com injustiça na vida. Até mesmo o fã que torce por um time perdedor por décadas aprende um tipo de lealdade que a torcida que muda de vencedor para vencedor, nunca sabe.

A posição espiritualmente responsável é a que conduz a competição com graça e integridade cristã. Fique longe de uma situação competitiva (incluindo esportes) se você não pode lidar com ela. Mas muito melhor, cresça em maturidade pessoal no lugar onde você pode lidar com responsabilidade competitiva. O segredo do fruto do Espírito é que ele aplica-se em cada situação.

3. Esportes ensinam comportamento.
Os proponentes dos esportes afirmam, “O esporte é uma grande maneira de aprender lições importantes e valores para a vida—até mesmo mais do que simplesmente ganhar e perder.” Os oponentes dos esportes dizem, “Esportes e personalidades esportivas influenciarão você de maneiras que manterão você longe de Deus e desencorajarão a vida moral.”
É fácil encontrar exemplos negativos no mundo do atletismo. Apenas leia estas manchetes americanas:
· Eugene Robinson, jogador de futebol e conhecido Cristão, foi pego com uma prostituta na noite antes do Super Bowl.
· Ray Lewis, jogador de futebol, envolvido em uma luta de faca que acabou em assassinato.
· Charles Barkley, jogador de basquetebol, cospe em fãs.
· Roberto Alomar, jogador de baseball, cospe num juiz.
· Bill Romanaski, jogador de futebol, cospe em outro jogador.
· Darryl Strawberry, jogador de baseball, preso por uso de droga.
· Dennis Rodman, jogador de basquetebol, em que situação?
· Marty McSorley, jogador de hóquei, sentenciado por tentativa de homicídio culposo por violentamente bater na cabeça de outro jogador com seu bastão.
· Pete Rose, jogador de baseball, proibido formalmente do esporte pela vida inteira por apostar nele.
· Bobby Knight, técnico de basquetebol, demitido por incontrolável raiva e insubordinação.
É também fácil de ver como a cultura dos esportes freqüentemente influencia os comportamentos destrutivos e pobres qualidades de caráter. O abuso do álcool, apostas e violência doméstica são problemas comuns associados com competição atlética. Agressão, raiva incontrolável, e um desejo de dominar um oponente são qualidades freqüentemente vistas em atletas e seus fãs. Freqüentemente existe uma sutil atitude que triunfa masculinidade sobre feminilidade. Quando a um jogador do sexo masculino é dito que ele “joga como uma mulher” ou ele é um “homem afeminado,” isto não apenas machuca o indivíduo mas também cria uma cultura que deprecia mulheres.
Mas enquanto atitudes negativas rodeiam o esporte, há também muitas grandes pessoas das quais aprender—e grandes lições que podem ser compiladas através do atletismo. Um exército de livros foi escrito por atletas que procuram usar sua influência profissional para o bem. O futebol de Reggie White, O baseball de Dave Dravecky, e o basquetebol de A. C. Green são três de muitos exemplos americanos. O movimento dos “Promise Keepers, em alto grau, combinou uma atmosfera semelhante ao esporte com responsabilidade espiritual vivendo para ajudar a transformar a vida dos homens. Seu fundador, ex-treinador de futebol do ensino secundário Bill McCartney, abraça uma causa de ajuda a proeminentes atletas para comunicar-lhes a mensagem de Cristo. (No caso do Brasil existem os Atletas de Cristo e outras associações de esportistas que se unem para testemunhar e pregar o evangelho). Não muito tempo atrás sentei em um restaurante em Atlanta, EUA, e ouvi por acaso uma conversa espiritual de 90 minutos vinda de quatro homens sentados numa mesa próxima a mim. Quem guiou a discussão? Brett Butler, ex-jogador de baseball da Major League e conhecido Cristão.
Além de figuras “positivas” de atletas, os esportes podem ensinar-nos como viver uma vida melhor. O Ex-atleta profissional e ex-senador dos Estados Unidos, Bill Bradley afirma em seu Values of the Game que o basquetebol ensina “paixão,” “disciplina,” “altruísmo,” “submissão,” e “coragem,” entre outras qualidades importantes. Seu Time Present, Time Past conta-nos o valor que jogo de basquetebol teve em seu desenvolvimento como homem.4
O esporte foi um grande professor em minha própria vida. Quatro anos de ginástica na faculdade me ensinaram trabalho duro, ir através da dor, o valor de uma equipe de trabalho, como me submeter a ordens, como dar ordens, e como colocar-me em uma posição secundária pelo bem do time. O lema do nosso time “Qualquer que seja o prêmio” ilustrou um valor de compromisso que muitos de nós aprendemos de numa maneira que nunca tínhamos conhecido antes.
A ponto central da maturidade espiritual é usar o julgamento e a sabedoria sobre como os esportes causarão impacto sobre nossos valores. Escolha uma atitude prudentemente. Você encontrará influências positivas e negativas nos esportes—assim como no governo, nos negócios, nos círculos educacionais, e na igreja. Cada experiência na vida conduzirá você ou em direção a Deus ou para longe dEle. Nisto incluem-se os esportes. Permita que a alegria do esporte ensine a você ser uma pessoa melhor.
Finalmente, a melhor solução—e mais bíblica—é conectar Deus e os esportes. Faça a pergunta “Como Jesus agiria se Ele estivesse em meu lugar?” Pergunte “Como Jesus jogaria se Ele estivesse em meu lugar?”
Deus e esportes? Sim. Se Ele estiver no campo ou na quadra.
_________________________ 1 Warner escreve sobre seu futebol e seu cristianismo em All Things Possible (Harper Collins, 2000).
2 Em entrevista de Riggins, em 10 de Outubro de 2000, com a rádio de Atlanta AM 790 ele comenta jogadores orando juntos seguindo o jogo. 3 Uma nota sobre o sistema escolar denominacional e esportes. Se Escolas Adventistas do Sétimo Dia vão permitir ou não permitir competições atléticas com outras escolas, elas deveriam basear sua decisão em integridade racional. Excluir competições esportivas internas de uma universidade ou ensino secundário porque elas são competitivas contém pouca integridade intelectual. Você exclui uma competição atlética com outras escolas se com o pretexto de que elas são competitivas, você deve também excluir esportes internos, namoro, escolas primárias, padrões de admissão, professores, e prontamente dar seus estudantes para outras escolas (pois você está competindo com outras escolas por estudantes). Considerações financeiras, prioridades de calendário, ou a missão da escola se conduzem para longe das competições esportivas internas de uma universidade ou ensino secundário.

4 Values of the Game de 1998 está disponível em Aritsan Press. Time Present, Time Past é um livro de 1996 publicado pela Vintage Books. As citações são títulos de assuntos.
_________________________ Alex Bryan é o pastor da
comunidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Atlanta, Georgia.

Alguns termos Importantes e seus significados

. Antilegomena = Escritos bíblicos que em certo momento foram questionados;
· Apócrifos = Livros supostamente do Antigo Testamento, mas que não possuem embasamento para comprovar a autenticidade quanto a seu caráter profético;
· Cânon = Do grego "kánon", e do hebraico "kaneh", regra; lista autêntica dos livros considerados como inspirados;
· Epístolas = Cartas
· Evangelho = Caminho;
· Homologomena = Livros bíblicos aceitos por todos e que em momento algum foram questionados;
· Paráfrase = Tradução livre ou solta, onde o objetivo é traduzir a idéia e não as palavras;
· Pseudoepígrafos = Falsos escritos. Livros não bíblicos, cujos escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos fantasiosos;
· Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e gregos de Alexandria, incluindo os livros apócrifos;
· Sinóticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos são chamados de evangelhos sinóticos, pois sintetizam a vida de Jesus;
· Testamento = Aliança, Pacto, Acordo;
· Tradução = Transliteração de uma língua para outra;
· Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes cópias de um mesmo texto, mediante comparação. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;
· Versão = Tradução da língua original para outra língua.

A Palavra de Deus Permanece

"Que cada pessoa estude a Bíblia, reconhecendo que a Palavra de Deus é tão duradoura como o trono eterno. Quando alguém estuda as Escrituras com humildade, com sincera oração para ser dirigido, os anjos de Deus lhe desvendarão as vivas realidades; e, se houver aceitação dos preceitos da verdade, eles circundarão a pessoa com um muro de fogo para a proteger das tentações, desilusões e encantamentos de Satanás" (Signs of the Times, 18/10/1893)

Como encontrar tempo para ler a Bíblia
Levante dez minutos mais cedo, cada dia, para ler a Bíblia.
Mantenha uma Bíblia perto de sua cama, para que a possa ler, cada dia, antes de dormir, ou quando não conseguir dormir.
Converse menos e você terá alguns minutos a mais para ler a Bíblia.
Tenha uma Bíblia na cozinha ou perto do seu telefone.
Leve no bolso, ou na bolsa, sempre uma Bíblia pequena.
Na sala de espera do dentista, médico, advogado, ou em situações semelhantes, prefira ler sua Bíblia em vez das revistas velhas.
Jamais viaje sem levar uma Bíblia.
Tenha uma Bíblia no porta-luvas do seu carro, para ler em situações de engarrafamento ou enquanto espera pelo conserto do mecânico.
Leia a Bíblia sempre que tiver que esperar devido à falta de pontualidade de alguém.
Lembre-se de que uma Bíblia na mão é melhor do que duas sobre duas sobre a mesa ou até três na estante. (folheto da Sociedade Bíblica)

O que a leitura da Bíblia fará por Você
1)Ela o tornará um cristão mais forte, 2)Ela lhe dará a certeza da salvação, 3)Ela lhe dará confiança e poder na oração, 4) Ela lhe dará acesso à purificação dos pecados, 5)Ela lhe dará alegria, 6) Produzirá paz, 7) Ela o orientará nas decisões da vida, 8) Ela o capacitará para testemunhar de sua fé, 9) Será uma garantia de sucesso. (Do livro Como Estudar a Bíblia Sozinho, de Tim Lahaye)
Feliz Sábado - Adilson e Família

Lição 9 - Metáforas da Salvação

(Metáfora é a figura de palavra em que um termo substitui outro em vista de uma relação de semelhança entre os elementos que esses termos designam. Essa semelhança é resultado da imaginação, da subjetividade de quem cria a metáfora. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo comparativo não está expresso, mas subentendido. Na comparação metafórica (ou símile), um elemento A é comparado a um elemento B através de um conectivo comparativo (como, assim como, que nem, qual, feito etc. ). Muitas vezes a comparação metafórica traz expressa no próprio enunciado a qualidade comum aos dois elementos: Esta criança é forte como um touro.

Texto Chave
“Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela Sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nEle” Romanos 3:25

Objetivos
Conhecer que Cristo escolheu morrer em nosso lugar.
Sentir que Ele entregou a vida por livre e espontânea vontade.
Aceitar alegremente a reconciliação de uma relação rompida entre nós e Deus.

Verdade Central
A decisão de Cristo de morrer nos une a Ele de um modo que nenhum outro dos seres celestiais pode entender nem experimentar.
Redenção
Redenção é a libertação de uma dívida ou da escravidão pelo pagamento de um resgate, a morte de Cristo. Do que mais Cristo nos redimiu?
• “Do pecado” Romanos 6:17,18
• “Da maldição da lei” Gálatas 3:13
• “De toda iniqüidade” Tito 2:14
Assim recebemos a “adoção de filhos” Ele nos purificou, “para si mesmo, um poço exclusivamente Seu, zeloso de boas obras” Tito 2:14

Reconciliação
Reconciliação é a restauração da relação entre o homem e Deus. Como isso se tornou possível?
A iniciativa foi dEle, por amor a nós.
Ele usou um Mediador, Jesus.
Eliminou a barreira do pecado na cruz.
Todo aquele que é reconciliado por Deus, passa a ser um “embaixador de Cristo” na “reconciliação” do homem com Deus.
Como isso ajuda você a reconciliar-se com as pessoas? E elas com Deus?

Justificação
Justificação é absolver alguém culpado, torná-lo inocente.
“Agora” com a vinda de Cristo “se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei” Romanos 3:21
Por que Paulo contrastou a justificação pela fé com a lei?
• Para mostrar que a justificação provem unicamente pela graça mediante a fé.
• É para todos judeus e gentios.

Sacrifício Expiatório
Dando Sua vida pela nossa vida, Seu sangue pela nossa justificação, Cristo cumpriu o sacrifício expiatório por nós.
O que isso significa?
• Esse sacrifício foi fornecido pelo próprio Deus.
• Foi um ato de substituição.
• Nos libertou da ira de Deus.
• Fundamento legal para a vontade de Deus em nos salvar.
Como você se sente por tudo o que Deus fez, faz e fará por você?

Demonstração do amor de Deus
Amar-nos mutuamente, refletindo o amor de Deus é a única resposta do coração humano reconciliado diante de tamanha demonstração do amor de Deus.
Como isso se torna possível diariamente?
• Pela comunhão contínua.
• Pela fé.
• Por Jesus.
• Pela obediência a Lei de Deus.
“Porque Deus amou o mundo te tal maneira que deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Conclusão
A Bíblia nos mostra diferentes imagens para aceitarmos o amor de Cristo.
A redenção nos indica que Sua morte nos liberta do poder do pecado.
Na cruz somos declarados “inocentes”.
4. Deus exclama com o eco da Cruz “É assim que amo vocês”

Fonte: União Sul Brasileira